Um menino de quatro anos foi ferido por uma linha de pipa com cerol em Balneário Camboriú. Mariane Rodrigues conta que o filho brincava de bicicleta em uma praça do bairro Municípios quando acabou atingido no rosto. Gustavo teve cortes abaixo e entre os olhos, como mostra uma foto tirada pela família e enviada à reportagem. O pequeno precisou ser levado ao hospital para levar pontos no ferimento.

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O acidente aconteceu no domingo (27) à tarde, na Alameda Delfim de Pádua Peixoto Filho. Além de Gustavo, outras crianças brincavam no local de bicicleta e adolescentes soltavam pipa supostamente com cerol.

— Ele estava brincando com outras crianças quando a linha de uma pipa caiu em cima deles. Meu filho foi atingido no rosto e teve um corte profundo no nariz e uns arranhões perto dos dois olhinhos. Por um triz não pega no olhinho e ele poderia perder a visão. Outras crianças também se machucaram — conta Mariane, em tom de alerta às famílias sobre o perigo do cerol.

Quando a linha atingiu o filho, o pai e o avô que o acompanhavam correram com Gustavo para o Hospital Ruth Cardoso, onde ele recebeu atendimento médico. Segundo Mariane, os adolescentes que empinavam as pipas saíram rapidamente do local.

Caso semelhante em outro bairro

Além deste caso que aconteceu no bairro Municípios, a Guarda Municipal de Balneário Camboriú atendeu a outra ocorrência por volta das 16h no bairro das Nações, também sobre uso de pipa com linha de cerol. Quando os agentes chegaram ao local, crianças teriam saído correndo. Elas deixaram para trás três carretéis de linha com o produto altamente cortando no chão. Vizinhos ainda relataram aos guardas que os pequenos estavam brincando na região quando avistaram a viatura chegando e saíram do local.

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Tragédias que se repetem

Casos como este têm sido cada vez mais recorrentes, apesar de o uso de cerol ser proibido. Em março, um menino de nove anos estava na calçada de casa quando uma linha de cerol usada por outra pessoa supostamente rompeu um cabo da rede elétrica e o atingiu. Fernando Barros passou 114 dias internado, enfrentou uma série de cirurgias e só voltou para casa no fim de junho.

Também em março deste ano, Luiz Eduardo Scloneski, de 21 anos, perdeu a vida por causa de uma linha de pipa com cerol. Ele estava de moto na BR-470, em Navegantes, quando o fio o atingiu no pescoço. Ele morreu na hora, na frente da esposa. Um vídeo de câmera de segurança registrou o acidente.

Tanto no episódio de Itajaí quanto em Navegantes, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar os responsáveis pelos acidentes. Questionada nesta segunda-feira (28), a corporação não informou se as investigações foram concluídas e se houve indiciados.