A menina de 13 anos que foi vítima de um estupro coletivo em Praia Grande (SP) após ser convidada para um encontro com o “suposto” namorado, de 15 anos, conheceu o rapaz na internet. Ela ficou dois dias sem dar notícias, foi alcoolizada pelo grupo e violentada por cerca de 10 homens. As informações são do g1.
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A família da jovem foi à polícia registrar o desaparecimento da menina, que ficou dois dias sem dar notícias, até que a mãe de uma colega da adolescente descobriu o ocorrido.
O estupro coletivo envolveu ao menos 10 homens, incluindo o “suposto” namorado da vítima, em três locais diferentes, e foi filmado. Um homem de 18 anos foi preso e quatro menores de idade foram identificados.
A delegada Lyvia Cristina Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), reforçou a importância dos pais estarem atentos aos celulares das crianças e adolescentes, e saberem com quem eles estão interagindo.
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— Não deixe o adolescente muito tempo sozinho com o celular. Restrinjam também o uso do aparelho, o uso de certos aplicativos. A fiscalização e restrição, acho essencial — destaca.
O crime é classificado como estupro coletivo e estupro de vulnerável, já que aos 13 anos não há consentimento do ato sexual. Mesmo se ela quisesse manter relação sexual, isso seria considerado crime.
— Quando ela se viu naquele local com vários rapazes, ela não tinha condições de esboçar nenhuma reação ou fuga pela desproporcionalidade numérica. Então, por si só, já seria um estupro de vulnerável — disse a delegada.
Cronologia do estupro coletivo
Segundo a delegada Lyvia, o “suposto” namorado a convidou para um encontro, e enviou um mototáxi para buscá-la e levá-la até a Vila Sônia, bairro onde o crime aconteceu.
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— Tinha um rapaz com quem ela tinha, ou achava que tinha, um relacionamento, também menor de idade. Esse rapaz marcou um encontro com ela para ficarem juntos em uma casa emprestada. Só que, quando ela chegou, não tinha só esse rapaz — disse a delegada.
O “suposto” namorado queria que ela tivesse relações com ele e com outro rapaz, relatou a vítima. Ela negou, mas foi ignorada. A adolescente conta que teve relação com um deles, ingeriu bebida alcoólica, e depois outros jovens apareceram.
Eles a levaram para outra casa, onde foi estuprada por oito pessoas. Depois, ela foi levada para um terceiro imóvel, onde foi abusada por três pessoas. A delegada afirma que não há certeza sobre o número de envolvidos, porém estima entre 10 e 12 pessoas.
— Ela havia ingerido bastante bebida alcoólica. Tenho o relato da escuta especializada, que eu também não posso falar muito, [mas] ela confirma as violações que sofreu. Era a única menina no local em um grupo de meninos — disse Lyvia.
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Investigações
A delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) afirma que ainda não é possível dizer se a vítima estava em cárcere, ou se ela ficou no local por espontânea vontade.
— Nem que ela quisesse ir embora, não poderia. Eram vários rapazes contra ela e foram dando bebida alcoólica. Uma situação extremamente delicada mesmo — conta.
A pessoa que contou aos pais da vítima sobre o ocorrido descobriu o que tinha acontecido com a menina por conta de um vídeo gravado durante o estupro coletivo. Através das imagens, a polícia conseguiu identificar cinco dos envolvidos.
O homem preso não quis prestar depoimento. Foi possível identificá-lo por conta de conversas com eles pelo Instagram. As redes da jovem irão para perícia, como parte das investigações.
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O identificado maior de idade foi preso temporariamente para que o caso seja investigado. Outros quatro envolvidos menores de idade foram identificados. Um procedimento foi enviado pela polícia ao Ministério Público (MP), em relação aos quatro menores, por tratar-se de ato infracional.
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