Novembro de 2008: Santa Catarina viveu um dos seus piores desastres naturais de sua história. Na região do Vale do Itajaí, a região mais atingida, choveu mais de 500 milímetros. Para se ter uma noção da quantidade de chuva, o normal para a época é de aproximadamente 150 milímetros, segundo a Central NSC de Meteorologia.

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Em entrevista ao Direto da Redação nesta quinta-feira (22), sobre os dez anos da tragédia que marcou o estado e o país, o então diretor da Defesa Civil de SC Márcio Luiz Alves lembrou os ensinamentos deixados após momentos difíceis, como o drama de famílias residentes na área do Morro do Baú, em Ilhota, que concentrou as ocorrências mais dramáticas.

— A memória do Vale do Itajaí estava relacionada a enchentes. O aprendido nos desastres de 1983 e 1984 era que não se podia morar nas margens dos rios. Então, as pessoas passaram a ocupar as encostas. Porém, em 2008, 95% foram decorrentes por deslizamento — disse Márcio Luz Alves.

Ao todo, foram 137 mortos. O número foi corrigido com o desaparecimento de uma idosa de 72 anos e uma criança de dez meses que, após cinco anos, também passaram a ser contabilizados como óbitos provocados pelas chuvas intensas durante aquele período. Cerca de 80 mil pessoas tiveram que deixar ou perderam seus lares, e mais de 1,5 milhão de catarinenses (1/4 da população do estado, à época).foram afetados devido aos danos.

Ouça a entrevista:

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