A Praia da Armação – que completou 240 anos, no Sul da Ilha de Santa Catarina tem, além de mar e areia, pedra. Muitas pedras. Sejam aquelas usadas no aterro construído após a ressaca de 2010 – uma das piores registradas em Florianópolis -, sejam aquelas provenientes dos entulhos formados pelas casas e restaurantes destruídos pelo evento passado. As melhorias que estão sendo feitas no local não devem ser concluídas nesta temporada.

Continua depois da publicidade

Relembre como foi a ressaca na Praia da Armação

Isso, porém, não prejudica a beleza do lugar que continua agradando moradores e turistas que frequentam a praia. Luciene Carvalho, chegou à praia pela primeira vez na manhã de ontem acompanhada por mais 41 pessoas vindas de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba. A agente de viagem se disse impressionada com o lugar e que as obras que estão sendo feitas na orla não comprometem o prazer de estar ali.

As obras que Luciene se refere são as que revitalizarão cerca de 600 metros da orla da praia. Iniciados em setembro e orçados e mais de R$ 680 mil, os trabalhos só devem ser concluídos em abril de 2013. Ou seja, a Praia da Armação terá mais uma temporada comprometida, recebendo apenas turistas que, como Luciene, ouviram falar do lugar e se contentam em apreciar aquele cenário.

Continua depois da publicidade

Apesar de não ficar pronto para esta temporada o secretário de obras, Luiz Américo Medeiros, acredita que até o início do verão a população que frquenta a praia já deve ter algum conforto oferecido pelas melhorias.

No projeto desenvolvido para os 600 metros está previsto a construção de dois deckes – um deles, em frente a igrejinha da Armação, já sendo construído -, ciclovia, bancos e iluminação. Ao todo, 1.750 metros da orla foram comprometidos pela ressaca, mas sem os R$ 13 milhões que seriam repassados pelo governo federal, a prefeitura se comprometeu a fazer um trabalho emergencial que permita o uso de parte da praia o quanto antes.

Obras são bem-vindas

Mirian Weber, de 40 anos, é professora de educação física e tem uma academia na Praia da Armação. Ela é natural do Rio Grande do Sul e há dois anos mora no Sul da Ilha. Para ela, os trabalhos que estão sendo feitos na praia são importantes e bem-vindos.

Continua depois da publicidade

Mirian corre todos os dias na pista improvisada

Foto: Guto Kuerten

– Quando tudo isso ficar pronto a praia estará mais humanizada, permitindo uma maior interação com os frquentadores – disse.

Mirian explica que a ressaca foi algo que não se pode evitar e que, já que a orla foi comprometida, o importante é que sua revitalização seja feita de modo a proporcionar algum conforto e diversão para quem a frequenta.

Do jeito que está, apenas com o aterro que forma uma espécie de pista nos 1.750 metros comprometidos pela ressaca, Mirian já aproveita para correr. Todos os dia ela percorre o trajeto pelo menos quatro vezes.

Continua depois da publicidade

Ainda tem como aproveitar

Karla Bressan, também de 40 anos, aproveitou a quarta-feira de folga para pegar uma praia na Armação, onde mora a cinco meses. Ela é natural de São Paulo, mas mora em Florianópolis há 20 anos. Deitada na canga, a professora de inglês ouvia música enquanto o filho cavava na areia. Para ela, aquilo ali já era perfeito.

Karla aproveita o dia de folga na Praia da Armação

Foto: Guto Kuerten

– Espero que as obras sejam concluídas logo e que possamos aproveitar também a ciclovia e o que mais eles construírem. Só de poder curtir um dia como hoje, deitada na areia num lugar como este já é muito bom – contou.