A Semana Brasileira de Vela começou na tarde da última quarta-feira, com vento fraco em Jurerê, e algumas das principais estrelas da modalidade no Brasil já entraram em ritmo de competição. A partir desta quinta, a constelação vai ganhar um brilho especial com as presenças de Torben Grael e Robert Scheidt, os maiores velejadores olímpicos da história do país.
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Dono de cinco medalhas olímpicas (dois ouros, em Atlanta 96 e Atenas 2004), Torben chega hoje a sede do Iate Clube de Santa Catarina, em Jurerê Internacional. O velejador compete só na próxima semana, na seletiva pré-olímpica, na classe Star. Ele tem como missão principal derrotar a dupla formada por Robert Scheidt e Bruno Prada, atuais líderes do ranking mundial da Federação Internacional de Vela (Isaf). Scheidt chega apenas no sábado, mas Prada competiu na quarta pela Lightning.
– O objetivo é dar uma olhada na raia para ter mais informações para a semana que vem. Na opinião dele (Scheidt), eu deveria estar descansando, mas a vela é minha paixão e eu tenho que estar no mar – comentou Prada.
Por esse e outros motivos, o catarinense André Fonseca, o Bochecha, define a Semana Brasileira de Vela:
– É o maior evento da história da vela em Santa Catarina, pode escrever – garante.
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Bochecha também compete a partir da próxima semana, na classe 49er, o barco mais veloz da vela, ao lado do filho de Torben, Marco Grael. Na quarta, a dupla treinou ao lado das medalhistas de bronze em Pequim, Fernanda de Oliveira e Isabel Swan, mas serão adversárias na próxima semana, na classe 470, já que a dupla foi desfeita. Fernanda tem como parceira Ana Barbachan, enquanto Isabel veleja com Martine Grael, filha de Torben.
Enquanto isso, as primeiras regatas de Laser Radial, Lightning, Hobie Cat e Snipe eram realizadas com vento fraco e a presença de outras estrelas, como o campeão pan-americano Alexandre Paradeda, que tenta assegurar vaga em mais um Pan, ao lado do parceiro Gabriel Kieling. A dupla ficou com a 9ª colocação na única regata do dia vencida pela dupla Paulo Santos e Rodrigo Inácio.
Na Laser Radial, classificatória para a vaga da classe Sunfish no Pan, também houve apenas uma largada, e a vitória ficou com o catarinense Henrique Back. Na Lightning, a tripulação da família Buckup ganhou as duas regatas realizadas, e na Hobie Cat, José Roberto e Anderson Souza superaram as outras seis duplas, também em duas provas.