Um dos cereais mais consumidos do planeta, o milho vem sendo objeto de pesquisas e trabalhos de melhoramento genético que estão resultando em variedades de maior valor nutricional para o homem. No Brasil, esses trabalhos estão sendo realizados com sucesso por pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, Minas Gerais
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Nos centros de pesquisa e desenvolvimento da unidade, está sendo desenvolvida a primeira variedade brasileira de milho com teores aumentados de precursores de vitamina A (proVA), importante para aumentar a imunidade prevenir a cegueira.
A novidade está sendo bem recebida não apenas pela comunidade científica, mas também pela indústria de alimentos, médicos e nutricionistas.
– O desenvolvimento de variedades de milho biofortificado pela pesquisa é um trabalho de grande importância para a saúde pública e também representa uma nova oportunidade de negócio para o produtor rural – comemora o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Milho (Abimilho), Nelson Kowalski.
A contribuição da cadeia produtiva do milho para o reforço da saúde pública vem sendo trabalhada pela Embrapa desde a década de 1980, quando foram desenvolvidas variedades de milho com maior teor de proteína, aumentando, assim, o seu teor nutricional.
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Atendendo a uma resolução do Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as indústrias processadoras de milho já enriquecem, há anos, as farinhas que produzem com ferro – que previne a anemia – e ácido fólico – cujo consumo por gestantes evita a ocorrência de malformações do tubo neural do feto.
Para que esses benefícios proporcionados pelo milho e de seus derivados sejam popularizados, a Abimilho está promovendo uma campanha de incentivo ao consumo de pratos à base do cereal, em âmbito nacional. Kowalski lembra que, em países de condições socioeconômicas similares ao Brasil, como o México, o consumo per capita de milho chega aos 63 quilos por ano, enquanto o brasileiro consome cerca de 18 quilos por ano.