Santa Catarina foi eleita pela sétima vez o melhor destino turístico do Brasil, mas como anda o acesso do turista no nosso Estado?
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Depois de pesquisar os centros de informações turísticas dos três principais destinos catarinenses – Florianópolis, Balneário Camboriú e Blumenau -, pude constatar o quanto ainda falta para sermos este paraíso tão sonhado.
A dificuldade em encontrar falantes da língua inglesa é um dos maiores entraves à comunicação do turista. Uma ligação telefônica feita aos três centros com a simples pergunta “gostaria de um site para encontrar hotéis na cidade” gera cenas vexatórias, como por exemplo uma das atendestes chegar a desligar o telefone por não conseguir entender o que lhe foi questionado.
O caso mais dramático para um visitante é Balneário Camboriú. A “capital do turismo catarinense”, conhecida por receber turistas do Mercosul durante a alta temporada de verão, não atende no telefone informado em seu site turístico (que contém explicações em cinco idiomas). Além disso, o principal ponto de informações turísticas do município não tem a identificação internacional de Info Ponit (centro de informações identificados com a letra “i” circundada por um círculo, padrão internacional desse tipo de serviço), não conta com profissionais que falam sequer o espanhol e não auxiliam o visitante em uma eventual reserva em hotéis (serviço padrão para estes postos de informação).
Na mesma Balneário, existe dentro da rodoviária um Info Point fechado. Na Praça Almirante Tamandaré, um ponto privado de um parque temático ocupa espaço público, mas não dá informações sobre a cidade em que está instalado.
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Com a Copa do Mundo batendo à porta, será que estamos preparados para atender a um turista exigente em nossos municípios?