Tito Morestoni é um catarinense de sorte. Não que ela ajude ou atrapalhe o piloto, mas somente por que a sorte está presente em sua carreira. Melhor piloto catarinense no Campeonato Brasileiro de Turismo – competição que está uma categoria abaixo da Stock Car -, ele vive um ótimo momento, mas não esquece dessa companheira.
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Em sexto na classificação geral, ele se ve satisfeito com a atuação, já que é somente o seu segundo ano correndo no asfalto. Mas se não fosse a sorte – aqui no seu pior sentido – ele poderia brigar pelo título. Em duas provas neste ano, o câmbio de seu carro teve problemas, tirando ele da corrida.
Mas seja boa ou má, a sorte não influencia o bom humor de Tito. Em Brasília, se preparando para a penúltima etapa da competição, ele conversou com o DC sobre sua história no automobilismo catarinense e seus planos para um futuro promissor. Coincidencia ou não, a sorte deu as caras até no meio da entrevista: a ligação caiu duas vezes.
Confira a entrevista com Tito Morestoni:
Diário Catarinense – Como você começou no automobilismo?
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Tito Morestoni – Quando eu era adolescente, gostava de andar de kart indoor, e todo mundo falava para eu buscar algo mais. Comprei um carrinho melhor, e comecei a pilotar mais sério, mas sem competir. Quando eu percebi que estava baixando o tempo dos adversários, pensei: “poxa, isso pode ser legal”. Dei a sorte de achar um Opala, em 2007, e conseguir trocar pelo meu kart. Foi quando eu comecei a disputar as corridas de terra pelo Estado, ainda no outro ano. Fiquei nisso por quatro anos.
DC – E como foi para o Brasileiro de Turismo?
Tito – Eu tinha um amigo que era mecânico na Copa Montana, que era o mesmo campeonato que o Brasileiro de Turismo até o ano passado. Corri uma etapa da competição em 2011 e gostei muito, e já no outro ano decidi me voltar ao asfalto completamente.
DC – Neste ano você está em sexto na competição, e faltam duas das oito etapas do campeonato. Acredita que pode conquistar o título?
Tito – É muito difícil, o líder venceu muitas provas, está longe demais. Mas nem é o meu objetivo vencer, eu quero é ganhar experiência. Faltou sorte também para a gente, neste ano. Em duas provas tive problemas e sai, meus amigos até brincaram comigo: “Poxa Tito, tem que colocar menos força neste braço!” (risos). Se eu tivesse completado estas provas estaria hoje em terceiro.
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DC – Se a sorte tivesse ajudado você brigava pelo campeonato?
Tito – Sim, brigaria, mas acontece. Automobilismo é uma coisa ingrata, cara. Não posso reclamar também, passei por um momento na etapa de Cascavel que a sorte me ajudou, eu poderia ter me acidentado feio.
DC – Projeta ir para a Stock Car?
Tito – Claro! Seria um sonho, mas está cedo ainda. Preciso fazer uma coisa de cada vez. No ano que vem quero seguir no Brasileiro de Turismo, aprender mais a cada corrida. Até por que é complicado ir para a Stock Car, é muito caro. Custaria próximo de quatro vezes mais para eu me manter lá.