Uma operação contra o jogo do bicho cumpre nove mandados de busca e apreensão em Santa Catarina na manhã desta quinta-feira (12). A Polícia Civil também sequestra cerca de R$ 20 milhões em bens adquiridos através da prática ilegal pelos investigados.
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Entre eles estão imóveis de luxo localizados em Florianópolis, onde se concentra o cumprimento dos mandados. Ao todo, a ação policial mirou 18 imóveis, 19 veículos e uma empresa que, segundo a polícia, era utilizada para lavar dinheiro do jogo do bicho.
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Trata-se da maior operação da história do Estado contra o crime de jogo no bicho quando se fala em volume de bens bloqueados e indisponibilizados, segundo o delegado Jeferson Costa afirmou à reportagem. Ele integra a Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV/Deic), à frente da operação.
O bloqueio dos bens pela Operação Deu Zebra visa, segundo a Polícia Civil, sufocar financeiramente o grupo investigado, que explorava jogos de azar na Grande Florianópolis.
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Também de acordo com a corporação, os investigados detêm um longo histórico policial relacionado ao jogo do bicho e faziam uso dos ganhos ilegais para adquirir bens de luxo em nome de laranjas, que blindavam os verdadeiros beneficiados no esquema. Os suspeitos também movimentavam grandes quantidades de dinheiro.
Foi a partir disso, inclusive, que surgiu a investigação, quando, em 2021, foi aprendida uma quantia significativa de valor em espécie junto ao líder do grupo investigado, em uma central do jogo do bicho localizada no bairro Capoeiras, em Florianópolis.
A operação também localizou dispositivos eletrônicos de mineração de criptoativos. A suspeita policial é de que o aparato também tenha sido obtido com recursos do bicho.
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