Uma megacidade futurista está sendo construída no meio da Arábia Saudita. Embora o projeto contemple espaços sustentáveis, eficientes e inteligentes, cientistas apontam que o local pode ser considerado como um pesadelo. O motivo foi revelado pela revista Natura: o projeto possui falhas que podem transformar a vida de quem morará lá em um verdadeiro “inferno”.

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Chamada de The Line, a cidade futurista será construída em formato linear com 170 km de extensão. O design diferente pretende comportar 9 milhões de pessoas em uma área de 34 quilômetros quadrados e os arranha-céus terão 500 metros de altura.

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Formato linear pode ser problema para transporte

É este formato linear que pode, justamente, fazer a vida dos moradores ser um “inferno”. Isso porque, a cidade em linha reta dificultaria a locomoção de um lado a outro da cidade, já que transporte coletivo e outros veículos teriam que percorrer mais quilômetros para conseguir chegar de um ponto até outro.

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Além disso, a cidade dependeria muito do transporte coletivo. O que é uma ótima notícia. Porém, sem curvas ou trajetos alternativos, o deslocamento entre duas estações aleatórias poderia chegar até 1h. E imagine isso multiplicado pelo número de moradores: serão 9 milhões de pessoas se deslocando somente nesta modalidade.

Energia pode ser solução ou colapso

E com tantos prédios gigantes, é natual que muita energia seja necessária. Afinal de contas, sustentar um arranha-céu não é um trabalho fácil. E aí entra o paradoxo do projeto. Embora a The Line seja totalmente suficiente em termos energéticos, o local seria construído com os parâmetros atuais de energia.

Ou seja, os arranha-céus precisam ser erguidos com energia elétrica não-sustentável e com materiais que utilizam muitos recursos naturais. Além disso, a geração de energia sustentável depende do clima. O que é incerto. E somente a energia gerada por esses meios pode não ser suficiente, causando a necessidade de iluminação artificial.

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Para não tornar-se um “inferno”, o projeto da The Line terá que pensar em todos esses desafios e deverá garantir um equilíbrio entre a ambição e o que de fato pode ser realizado. Acesse o artigo completo da revista Nature para saber mais sobre as descobertas do projeto.

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