Marcos Castiel – interino Não sei se foi efeito da madrugada. Mas desde a forte emoção do ursinho Misha, na Olimpíada de Moscou, não vejo uma cerimônia de abertura olímpica tão fraquinha. O tal ursinho, diante de tão grande cafonice, precisaria chorar rios de lágrimas, claro, de desespero pela falta de criatividade e de jogo de cintura dos australianos. Coisa mais quadrada, mais gigantescamente chata. Exceto o belo espetáculo musical, nada se salvou. Sapateado morno, jogo de luzes pobre e empatia com o público artificial. E os narradores da televisão fazendo um esforço descomunal para cantar loas. Limonada Claro que alguma emoção sobrou na festa de abertura dos Jogos. A começar pela presença alegre de Guga no grupo brasileiro, foi contagiante. As duas Coréias desfilando juntas e o Timor sob a bandeira olímpica também mostram o alcance inigualável do esporte no sentido de unir os povos. Responsabilidade em alta Em tudo na vida não se pode fugir da responsabilidade. Neste quesito, a Federação Catarinense de Desporto Universitário dá uma demonstração que serve para todas as áreas. A atleta da Furb, Tatiana Dyck, teve uma séria lesão no joelho disputando os Jogos Abertos Universitários de Vitória (ES). Prontamente a entidade providenciou uma tomografia computadorizada em Florianópolis e, constatada a lesão, viabilizou a intervenção cirúrgica em Joinville. As mãos competentes do doutor Niso Balcini garantiram o sucesso da operação. Todos de parabéns. Memória Ele foi o eterno reserva do goleiro Adolfo Camilli no Avaí. Brognolli tinha um apelido interessante, “Sonera”. Diziam os torcedores que tinha cara de sono e estava sempre dormindo debaixo do gol. Brincadeira, claro. Brognolli chegou inclusive à Seleção Catarinense. Seu maior problema chamava-se Adolfinho, o titular da posição. Vacinados O craque do Tigre Ernestina pode ter deixado de participar do último jogo do Tigre porque o clube não designou um defensor para o atleta no julgamento realizado pela comissão disciplinar da CBF, na última terça-feira. O técnico Luiz Gonzaga Milioli foi pego de surpresa e precisou mudar os planos para enfrentar o Villa Nova. Agora, foi a vez do meia Alessandro ser expulso. Resta saber se a diretoria vai cometer o mesmo erro. Vacinados estão os dirigentes. Vale o velho ditado: errar é humano, mas persistir no erro é burrice. Confusão A baixaria ocorrida na última quinta-feira no Estádio Heriberto Hülse pode respingar ainda mais nos bastidores do Tigre. Os dirigentes ganharam um inimigo: o ex-superintendente Rildo Tristão da Silva, que pretende falar sobre os reais motivos que culminaram com o pedido de demissão de Claver Vieira da diretoria-executiva do clube. É esperar para ouvir. Ego nas alturas O Brasil passa a ter dois representantes no COI. Um é o presidente do COB, Nuzman, aquele que encrencou com o Guga. O outro, é o presidente de honra da Fifa, João Havelange. Haja espaço para tanto ego. Fico pensando se realmente o desempenho brasileiro for recorde nesta Olimpíada. A República dos Cartolas terá marcado um gol de letra. E o Brasil terá dado mais um passo atrás no sentido de valorizar o povo em detrimento de certos figurões que se criam aqui e acolá. Badalado Uma personalidade catarinense das mais badaladas nos últimos tempos é o jurista Marcílio Ramos Krieger. Profundo conhecedor do Direito, na área esportiva encontra-se uma de suas maiores especialidades. É procurado de Norte a Sul do país, sempre ouvido pelas maiores autoridades quando o assunto é polêmico ou carece de esclarecimento. Como prova desta fama, até no Amazonas ele está sendo requisitado. Lá vai participar do III Seminário de Legislação Desportiva, a partir de 9 de outubro.

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