O mega-assalto à tesouraria regional do Banco do Brasil em Criciúma, no Sul do Estado, completa um ano nesta terça-feira (30). Até o momento, 10 pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram presas, duas estão foragidas e há duas investigações sigilosas em andamento, segundo informações do g1/SC. 

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Cerca de 30 homens — que tinham armamamento pesado — levaram R$ 125 milhões da agência entre a noite de 30 de novembro e a madrugada de 1º de dezembro. Além do valor subtraído, os criminosos fizeram reféns, provocaram incêndios e atiraram várias vezes, deixando um policial militar gravemente ferido (veja vídeo abaixo)

Os fatos fazem o crime ser considerado pelas autoridades como o maior roubo da história de Santa Catarina. 

Dezesseis pessoas foram denunciadas em um processo que investiga a existência de organização criminosa e quatro delas foram acusadas também por uso de documento falso. Dezesseis réus tiveram prisão preventiva decretada e seis acusados receberam liberdade provisória no início de novembro. 

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Outras 12 pessoas (10 delas já apontadas no primeiro processo) respondem por dano qualificado, incêndio e roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave. Nessa segunda investigação, duas pessoas também foram acusadas pelo crime de organização criminosa. A prisão preventiva foi decretada para 12 réus, mas dois estão foragidos. 

A defesa de um dos réus protocolou um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o documento aponta que o julgamento deve ocorrer até dezembro deste ano. 

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Prisão no Rio Grande do Sul 

Um dos suspeitos de participação do mega-assalto, que seria membro de uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios de São Paulo, foi preso pela Polícia Civil no Rio Grande do Sul três dias após o crime. 

O documento com o pedido de habeas corpus, feito pela defesa do suspeito em julho deste ano, descreve como o homem foi encontrado. 

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Duas mulheres estavam em um carro de São Paulo quando foram abordadas em Criciúma. O veículo tinha registro de várias viagens entre o estado paulista e Santa Catarina nos meses antes do crime. No GPS do carro o destino indicado era uma casa em Gramado, na Serra Gaúcha, local onde a polícia localizou o homem após ter tido mandado de busca e apreensão autorizado.  

Estrutura da Segurança Pública

Depois do mega-assalto, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recomendou ao Estado a reposição de cargos vagos nas Polícias Civil e Militar mediante concurso público; nomeação dos aprovados para os cargos de agente da Polícia Civil e escrivão da Polícia Civil; aquisição de novas armas longas, coletes balísticos e veículos blindados para o combate ao crime organizado, além de práticas que promovam maior integração entre as polícias. 

O g1/SC fez perguntas à Polícia Militar sobre o efetivo atual e o número no mesmo período do ano passado. A corporação disse que há em torno de 10 mil policiais na ativa. Quanto ao déficit de efetivo, a PM afirma que vem trabalhando para aumentar, respeitando a lei de responsabilidade fiscal. O total de vagas que precisam ser preenchidas não foi informado. 

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A Polícia Federal informou que o quantitativo, distribuição, localização e mobilização de servidores estão protegidos por sigilo. Já a Polícia Civil afirmou que 522 novos servidores entraram no Estado e que, em outubro deste ano, o efetivo era de 3.551 policiais.

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Em nota, o Banco do Brasil afirmou que colabora com as investigações das autoridades policiais, a quem cabe prestar mais informações sobre a ocorrência. O valor recuperado não foi informado.

Veja relato de moradores da cidade após o mega-assalto

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