Neldita Silva não conseguiu ir ao serviço no primeiro dia de greve do transporte público e era uma das pessoas que madrugou à espera de uma van que a levasse ao trabalho. Normalmente ela pega ônibus às 6h30, mas nesta terça-feira (11) já estava no Terminal Integrado de Canasvieiras (Tican) às 5h.

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O trabalho que começa as 8h fica no Itacorubi e a van que a leva ao serviço tem que pegar vários funcionários até chegar a vez dela.

Em um Tican de luzes acesas e silêncio absoluto, Neldita esperava de braços cruzados, mas não porque não queria trabalhar, era apenas para se proteger do frio. No primeiro dia de greve do transporte público ela não conseguiu ir trabalhar e na terça-feira (11) esperou por mais de duas horas.

– Tomara que não descontem meu salário – diz a senhora enquanto olha para as outras seis pessoas sentadas na frente do terminal.

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Ela, assim como todos que estavam ali esperavam pela van que os levam para o trabalho. Todo mundo considera caro os R$ 7 estipulado pela prefeitura como o preço para transporte entre o Norte e o Centro da Ilha.

Ela já passou por outras greves e é gato escaldado de paralisação do transporte público. Sabe que a van que a leva para o trabalho vai demorar e o horário de voltar para casa é incerto.

Questionada se apoia os trabalhadores do transporte público na luta por melhorias salariais, ela não responde nem que sim, nem que não:

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– Só acho que estão fazendo a coisa errada com a gente.