Ofidiofobia é uma palavra esquisita, não é mesmo? Mas seu significado é simples. Trata-se de um medo irracional e, muitas vezes inexplicável, de cobras e serpentes. Muita gente tem e nem sabe que este pavor está associado a um transtorno de ansiedade.
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Há incidências mais leves e outras bem graves. Alguns indivíduos que sofrem de Ofidiofobia, medo de cobra nem sequer são capazes de ouvir uma simples menção ao réptil ou ver um deles de longe.
Quando isso acontece, eles têm uma reação imediata e muito intensa. Pode ocorrer uma crise de pânico envolvendo pavor, calafrios, tontura e taquicardia. Alguns podem até desmaiar.
Um aspecto curioso sobre o tema é que, mesmo sem nunca ter tido contato próximo com cobras, é possível desenvolver a Ofidiofobia.
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Bastante comum na população, o pavor teria origem no fato de as serpentes serem peçonhentas. E, por poderem injetar venenos em suas vítimas, têm capacidade de matar um ser humano ou outros animais.
Estudiosos do assunto revelam que o medo de cobra é uma herança ancestral. Culturalmente, esta espécie de animal representa grande ameaça à sobrevivência do homem na terra.
Mesmo com a evolução humana, é natural que os seres vivos detectem esses répteis mesmo quando estão camuflados entre árvores, plantações e pedras. O perigo é iminente e notado mesmo que a distância.
Medo de cobra e ansiedade desproporcional
Vale lembrar que a ofidiofobia: medo de cobra e todas as demais fobias são caracterizadas pelo medo irracional. Seja de um lugar, situação, objeto, animal, representação ou tarefa.
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O nível de ansiedade que a pessoa apresenta sempre é desproporcional à circunstância. Não importando se há perigos e ameaças presentes.
Nos transtornos simples, a pessoa com fobia desenvolve um senso de perigo exacerbado, irrealista e sem controle que pode ter causas diferentes, como:
- Interação entre fatores ambientais e genéticos
- Ocorrências reais e negativas relacionadas a uma determinada situação, animal ou objeto
- Condicionamento
- Alterações no funcionamento do cérebro
- Experiências traumáticas vividas no passado
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Como diferenciar o medo da fobia
Diante uma certa ameaça, medo e ansiedade se relacionam. Como consequência, vem o estado de tensão e apreensão. Estes fatores desencadeiam extintos naturais que visam defesa, proteção e fuga.
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O que, de fato, diferencia um do outro é que se a ansiedade e o medo são deveras angustiante, incontroláveis e persistentes até quando não há comprovação de perigo real, estamos tendo um caso de fobia. Então, o que varia é a intensidade das emoções e sintomas negativos que invadem o organismo.
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Como parar de ter medo de cobra
A Ofidiofobia é um transtorno mental e deve ser tratado como tal. Geralmente, torna-se necessária a prescrição de medicamentos antidepressivos ou tranquilizantes e psicoterapia, de forma isolada ou em conjunto. O tratamento é exclusivamente recomendado por médicos.
Conforme as causas do problema e do grau de incapacidade gerado pela Ofidiofobia: medo de cobra, a indicação de como proceder muda. Profissionais especialistas, entre eles os médicos psiquiatras e os psicólogos, podem atuar juntos sobre o paciente objetivando maior qualidade de vida.
Até porque quem tem fobia é forte concorrente a desenvolver outros problemas de saúde. Em casos mais graves, podem ocorrer pensamentos negativos recorrentes, depressão, síndrome do pânico, isolamento social e outras patologias que acarretam limitações e bastante sofrimento.
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Um diagnóstico criterioso e tratamento adequado são duas vertentes cruciais para pessoas que têm Ofidiofobia: medo de cobra reestabeleçam a saúde. De forma a evitar a paralisação de atividades antes habituais, constrangimentos, outras doenças e dor.
Lembrando que a avaliação clínica possivelmente inclui exames laboratoriais, levantamento do histórico familiar e análise de dependência de álcool ou drogas, além de testes físicos e psicológicos.
Ainda em relação ao tratamento da Ofidiofobia: medo de cobra, a hipnose tem sido feita em alguns lugares do mundo como opção terapêutica coadjuvante aos procedimentos mais convencionais já citados.
Porém, é preciso bastante cuidado ao enfrentar a Ofidiofobia: medo de cobra. O ideal é buscar somente profissionais comprovadamente especialistas na eficiência da hipnose, também conhecida por hipnoterapia.
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Afinal, este é um método que usa técnicas hipnóticas visando descobrir as causas dos problemas por meio do resgate das memórias. Para, a partir daí, o paciente lidar melhor com seus próprios traumas e medos. O transe é uma ferramenta auxiliar no diagnóstico e no tratamento de vários problemas de saúde mental.
No Brasil, a abordagem é reconhecida pelos Conselhos Federais de Medicina (CFM), de Psicologia (CFP), de Odontologia (CFO) e de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).
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Crianças também têm medo de cobra?
Mesmo que o medo de cobra seja um dos temores mais comuns e intensos no mundo e presente mais comumente em adultos, houve o caso de um bebê, do Rio Grande do Sul que, com apenas 1 ano matou uma cobra. Foi preciso somente uma mordida.
Na ocasião, a mãe do garotinho reatou que ele brincava tranquilo quando ela notou sangue e uma cobra morta por dentada. Na época, o fato foi cercado de muitos questionamentos. Se crianças demonstram medo de animais como gatos e cachorros, a princípio mais inofensivos que as cobras, como isso pode acontecido?
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Cientistas especializados em medo alegam que os bebês têm mais interesse por animais reais do que pelos tradicionais bichos de pelúcia que enfeitam os quartos de dormir de muitos deles.
Pesquisas realizadas na Universidade Rutgers, em Nova Jersey, dão conta de que a atenção e o desejo de integração por parte dos bebês permanecem anda que diante de animais peçonhentos como as cobras.
Por outro lado, uma investigação realizada conjuntamente pelo Instituto Max Planck da Alemanha e pela Universidade de Uppsala na Suécia testou 48 bebês de seis meses para entender a probabilidade dos pequenos terem a Ofidiofobia: medo de cobra.
Avaliando as reações a imagens assustadoras, bebês sentados no colo dos pais, ao verem aranhas e serpentes reagiram com a dilatação das pupilas. O que não foi registrado quando confrontados com cenas de belas flores e peixes.
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Os resultados deste estudo foram publicados na revista científica Frontiers in Psychology e indicam que a Ofidiofobia: medo de cobra pode ser inata.
Para o professor de psicologia na Universidade Carnegie Mellon, que estuda as primeiras fases do desenvolvimento infantil, David Rakison, “as crianças têm um mecanismo de medo especializado. Ele faz com que estejam ‘preparadas’ para aprender rapidamente que serpentes e aranhas estão associadas a uma resposta emocional ou comportamental específica”.
Enquanto os estudiosos debatem o tema sobre se crianças têm ou não medo inato de cobra, vale destacar que há outras fobias também estranhas que atrapalham a vida de muitos.
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Outras fobias complexas de lidar no dia a dia
É preciso ter bastante cuidado com os medos que, a princípio, podem ser considerados banais. Por esta razão, as pessoas nem dão muita atenção. Mas o cuidado é necessário porque não é raro um medo tornar-se fobia sem que elas percebam.
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É frequente alguém não dividir o que está sentindo pelo temor de ser considerado fraco ou estar inventando coisas. O problema se intensifica quando o indivíduo começa a se esquivar de certas situações. E, até mesmo a deixar de conviver com familiares, amigos e de se relacionar normalmente com colegas de trabalho.
As fobias que já foram documentados pela medicina podem estar associadas a transtornos de personalidade, além daqueles de ansiedade. As fobias mais comuns entre os brasileiros são:
- Glossofobia
- Tripofobia
- Acrofobia
- Aracnofobia
Glossofobia
São situações que chegam a paralisar um profissional devido ao medo persistente de não conseguir vencer a ansiedade de apresentar em público, trabalhos realizados e que necessitam ser divulgados.
A Glossofobia não permite que a pessoa se apresente para plateias. As consequências do transtorno são complicadas na medida em que esse tipo de apresentação é cada vez mais comum em ambientes corporativos.
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Tripofobia
Bem inusitada, a Tripofobia está mais relacionada a nojo do que exatamente a medo, segundo algumas pesquisas. Trata-se da aversão a padrões irregulares, saliências ou diversos pequenos buracos juntos. Ao contrário do que ocorre nas outras fobias, aqui a pessoa não tenta lutar ou fugir do medo.
Acrofobia
Neste caso, as pessoas apresentam transtornos físicos e emocionais severos, por exemplo, tremor, vertigem e pânico. Tudo isto ocorre devido ao medo irracional de estar em algum local ou equipamento em altura.
Acredita-se que a acrofobia esteja relacionada ao instinto de sobrevivência exagerado e a experiências traumáticas. Nos casos mais graves, os indivíduos não conseguem subir alguns degraus de escada, entrar em elevadores e dirigir ou caminhar sobre pontes. Morar ou trabalhar em prédios altos, nem pensar.

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Aracnofobia
Este transtorno tem como uma das causas principais, o condicionamento na infância. Na ânsia de proteger os filhos, os pais acabam ensinando aos pequenos, o medo do contato com aranhas.
Isto porque elas podem picar ocasionando bastante dor e outras consequências sérias. O medo desses aracnídeos, que podem ser venenosos ou não, se caracteriza como aracnofobia.
Os bichos têm mesmo uma aparência bastante ameaçadora. Porém, há espécies que são inofensivas. Apesar disso, há muita gente que desenvolve o medo excessivo. É uma das fobias mais comuns entre os brasileiros.
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