Os predadores, ou corruptos políticos, adormecem a nação, seu organismo humano vegeta; o seu espírito se amodorra e os seus apetites acossam os ideais. Hoje, não se percebe clamores fortes do povo que está anestesiado. Não se ouviu, ainda, ecos de grandes vozes animadoras da honestidade. Os predadores desse povo continuam se apinhando em torno dos mantos oficiais. Platão disse que “a democracia é o pior dos bons governos, mas é o melhor entre os maus”. No Brasil ela está morrendo e está nascendo o fascismo, o fanatismo.
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Nosso século, começou mostrando decadência moral da política, surgindo, a cada dia, canalhas, predadores em facções de demagogos e mentirosos que têm a meta de monopolizar esta nação, os Estados e os municípios, se escondendo em partidos para espoliar a sociedade. Os medíocres e hipócritas proliferam no contexto atual – culpa, talvez, de uma justiça lenta, sem dinamismo jurídico.
Os corruptos desta legião política, com exceções, todos os dias, assaltam o Parlamento e se entregam a especulações cruéis e lucrativas. Vendem, assim, seu voto, ou seu mandato, a empresas bandidas que espoliam o Tesouro Nacional e, além do mais, prestigiam projetos de grandes negócios com o erário pago com dinheiro público além de comercializarem, maquiavelicamente, suas influências.
Para esperança da Justiça, a Operação Lava-Jato desmascara, legalmente, esses homens que se dizem probos, seja de vereador a presidente da República – de Lula a Temer, de Collor a Sarney, de FHC a Dilma -, que, espera-se, irão aos bancos dos réus e pagarão caro pelos seus erros, seja na Terra, seja no céu. Apreende-se, nesta fase do parasitismo político, que Executivo e Legislativo não governaram os municípios, os Estados ou mesmo a nação, por um ideal político, mas apenas serviram, peremptoriamente, à mediocridade e à corrupção e por aí tornaram-se os hipócritas ideais.
Todos que foram enquadrados pela Lava-Jato, são, além de corruptos doentes, aduladores e servis, com práticas do populismo. Precisam, todos, de fortes doses de quimioterapia moral.
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* Dorvalino Furtado Filho é pós-graduado em Administração pública, gerenciamento de marketing e sociedade
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