Controlada a reação química que gerava fumaça em São Francisco do Sul, agora a preocupação é com os danos ambientais que podem ser gerados pelo incidente. Mesmo assim, a estimativa da Secretaria de Meio Ambiente de São Francisco do Sul, responsável pela situação e que conta com ajuda de Ibama, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental e Fatma, é de que não houve dano ambiental no solo, nem no mar.

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Segundo o comando gestor, a piscina montada para manter isolada a água usada no combate à fumaça foi essencial para evitar que o líquido, que teve contato com o nitrato de amônio e pode ser tóxico, contaminasse qualquer ambiente.

Desde quarta, logo no começo do acidente, uma piscina foi montada a 800 metros de distância de onde ocorreu o acidente – este seria o único local em que o líquido poderia ser escoado sem que caísse na terra. O local, que foi impermeabilizado com lonas para evitar o contato da água com a terra, tinha a capacidade de receber até 300 mil litros de água. Enquanto isso, nessas 57 horas de combate a fumaça, os bombeiros utilizaram dois milhões de litros de água para apagar à fumaça. Deste líquido, boa parte evaporou ao ter contato com o nitrato de amônio. Mesmo assim, sobraram de 600 mil a 700 mil litros de água.

Como a piscina não tinha espaço suficiente para armazenar toda essa quantidade, caminhões-pipa retiraram a água e depositaram em tanques móveis, que ainda guardam o líquido. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de São Francisco do Sul, agora cabe à empresa Global dar uma destinação adequada tanto para os resíduos líquidos quanto para os resíduos sólidos. Uma das alternativas é a Petrobras, que teria oferecido uma estação de tratamento de esgoto em Paranaguá (PR).

Independentemente do lugar em que venha a ser depositada a água – também pode ser em aterros industriais -, o processo começou a ser feito na tarde desta sexta-feira e deve ser concluído até o começo da próxima semana. Paralelamente a isso, a Prefeitura de São Francisco do Sul encaminhou a contratação de empresas para análise do solo e da água nas regiões próximas à afetada pelo incidente. A ideia é que isso seja feito de forma rotineira nos próximos meses para garantir que não houve dano ambiental.

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