O Ministério da Saúde irá propor mudanças na legislação para substituir importações de remédios e equipamentos de saúde. A medida, anunciada como parte do PAC da Saúde, foi oficializada neste domingo por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União. Uma das possibilidades estudadas é mudar a lei de licitações para permitir que os órgãos públicos dêem preferência aos produtos nacionais, ainda que eles sejam mais caros do que equivalentes estrangeiros.
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Segundo Adriana Diaféria, diretora do Departamento de Economia da Saúde do ministério, o objetivo é diminuir os preços do Sistema Único de Saúde (SUS) e, para isso, é preciso melhorar a competitividade da indústria nacional. Caso o produto nacional custe mais caro que o estrangeiro, Diaféria afirma que seria possível firmar um contrato em que a empresa se comprometesse a reduzir preços a médio ou longo prazo.
No fim de março, a pasta deverá publicar uma lista com os produtos que serão contemplados com a nova política industrial. Entre eles, devem constar remédios para hipertensão, diabetes, medicamentos de grande impacto no orçamento do ministério – como os anti-retrovirais, e os produtos para as chamadas “doenças negligenciadas”, como dengue, tuberculose e hanseníase.
Na opinião dos idealizadores dos incentivos à indústria nacional da área de saúde, a dependência da indústria estrangeira no setor “vulnerabilidade” à rede pública de saúde, que fica mais suscetível às variações do dólar, por exemplo.
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