Com a competição ferrenha do mercado de trabalho, as mulheres têm deixado a gravidez para bem depois dos 30 anos. No entanto, aos 35 anos, elas têm seis vezes mais probabilidade de sofrerem de problemas de fertilidade do que aos 25 anos, segundo o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, da Inglaterra.
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Os médicos alertam que as campanhas contra gravidez adolescente e o uso de contraceptivos dão a sensação, às adolescentes, de que a maternidade pode ser adiada indefinidamente. A batalha, agora, é por uma campanha alertando sobre os riscos da maternidade tardia junto com aulas sobre sexo seguro nas escolas, além de flexibilização das condições de trabalho.
– As mulheres atingem a satisfação com suas carreiras e decidem que querem ter filhos, mas aí já é tarde e não há como fazer o relógio voltar atrás. Deveríamos facilitar a vida no trabalho para que as mulheres pudessem ter filhos antes – diz o ginecologista Gedis Grudzinskas, especialista em infertilidade.
O período mais seguro, segundo os médicos, é entre os 20 anos e os 35 anos. Cerca de 30% das mulheres de 35 anos demoram mais de um ano para engravidar, percentual que cai para 5% entre as de 25 anos. E a maternidade tardia tem sérios riscos de complicações, como pré-eclâmpsia e aborto; além disso o parto geralmente não é normal, mas cesariana. Os homens da mesma idade também têm a fertilidade abalada, podendo demorar até dois anos para engravidar a parceira, mesmo se ela estiver na casa dos 20 anos.
Mesmo assim, cerca de 27 mil bebês nasceram de mães com mais de 40 anos em 2010, o triplo de em 1989. Só que os bebês têm mais chances de nascerem prematuros, pequenos, com Síndrome de Down e outros problemas genéticos.
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