Depois de quatro meses de greve, os médicos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) voltarão aos postos de trabalho na próxima segunda-feira. Em Santa Catarina, 70% dos médicos peritos paralisaram as atividades – o equivalente a 200 profissionais – em cerca de 70 agências.
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O programa Fórum CBN Diário desta quarta-feira (20) discutiu sobre o fim da greve e aposentadoria com Amarildo de Lemos Garcia (Superintendente Regional Sul do INSS) e Jefferson Dossin (Assessor de benefícios substituto da SR Sul INSS). Ouça:
Mas a volta dos trabalhadores aos postos não é total. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), Francisco Eduardo Cardoso, os médicos seguirão em “estado de greve” até que as negociações avancem com o Ministério do Planejamento.
Segundo a diretora da regional Sul da ANMP, Clarissa Coelho Bassin, durante a greve, o tempo de espera para o agendamento de uma consulta passou de 20 para 90 dias. A previsão do INSS é que em cerca de dois meses a situação seja normalizada em todas as unidades do país.
Será priorizado o atendimento para aqueles que ainda não se submeteram à primeira perícia médica ou que desejam entrar com solicitação de benefício. A previsão é de que as pessoas que estão em espera há mais tempo sejam atendidas primeiro e assim sucessivamente.
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A ANMP deixa claro que não será possível, em um primeiro momento, realizar perícias de acompanhamento. O INSS, no entanto, afirma que os médicos não têm a prerrogativa de escolher que tipo de perícia serão realizadas.
Para agendar uma consulta, é necessário ligar para o 135 e estar munido do CPF, comprovante de residência e número de identificação do trabalhador.
Reinvindicações e dificuldades nas negociações
Os médicos peritos pedem aumento salarial de 27,5%, recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica. No entanto, o ponto que mais causa conflito com o Governo Federal é a redução na carga horária de 40 para 30 horas semanais.
O Ministério do Planejamento afirma que a redução pode ser negociada, mas como uma restruturação de carreira. Uma nova proposta foi encaminhada aos médicos no início de dezembro.
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