O governo sul-africano negou nesta quinta-feira que o ex-presidente Nelson Mandela tenha mergulhado em “um estado vegetativo permanente” na semana passada, como indicava um documento judicial de 26 de junho.
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“Madiba (Nelson Mandela) se mantém em estado crítico, mas estável. Os médicos negam que o ex-presidente esteja em estado vegetativo”, indica a declaração do governo.
“Uma equipe de médicos, de enfermeiras, e de outros profissionais de saúde está cuidando de Madiba as 24 horas do dia. Confirmamos nosso comunicado anterior divulgado esta tarde após a visita do presidente Jacob Zuma ao hospital”, indica a Presidência, que utiliza a expressão “crítico mas estável” há dez dias para descrever o estado de saúde do herói da luta contra o apartheid, sem divulgar detalhes de natureza médica.
Nesta quinta, a AFP teve acesso a um documento da justiça de 26 de junho, no qual o advogado da família Mandela afirmava que ele havia mergulhado em “um estado vegetativo”.
“Ele está em um estado vegetativo permanente e respira por aparelhos. A expectativa de uma morte iminente está baseada em motivos reais e graves”, estava escrito no documento. “Os médicos aconselharam a família Mandela a desligar o aparelho que o mantém artificialmente vivo. Para não prolongar o seu sofrimento, a família Mandela considera esta opção como altamente provável”, acrescentou o seu autor, o advogado David Smith.
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O documento, que não era para ser divulgado, foi redigido para embasar uma queixa apresentada por parte da família para obter o devolução dos corpos de filhos de Nelson Mandela para a aldeia de Qunu (sul), onde Nelson Mandela deseja ser enterrado.