Uma comissão médica federal americana recomendou a ingestão diária de pequenas doses de aspirina para reduzir o risco de pré-eclâmpsia, uma séria condição que pode pôr em risco a vida de gestantes e bebês.

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A pré-eclâmpsia se caracteriza pela presença de proteínas na urina e por hipertensão arterial na segunda metade da gestação. A doença placentária é o problema clínico mais grave que pode afetar grávidas no mundo, segundo o colegiado. Esta patologia causa complicações em até 8% das gestações, e representa um risco importante de mortalidade tanto para as mulheres quanto para os bebês.

A recomendação se baseia em vários testes clínicos que demonstram que doses baixas de aspirinas, entre 50mg e 160mg diárias, diminuem em 24% o risco de pré-eclâmpsia e em 14% o risco de nascimentos prematuros. A junta prevê ainda que as mulheres com grande probabilidade de ter pré-eclâmpsia tomem 81mg de aspirina todos os dias depois de 12 semanas de gravidez.

As mulheres com risco importante de pré-eclâmpsia são as que já tiveram esta complicação médica em uma gravidez anterior, particularmente as que deram à luz antes do fim da gestação, as que sofrem de diabetes ou que tiveram hipertensão arterial durante o parto. O comitê indica, por fim, que a aspirina parece não provocar efeitos colaterais no curto prazo.

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