Os 11 médicos de Joinville investigados por suspeita de fraudar o registro do ponto de trabalho no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt foram afastados das funções por decisão judicial. Eles também tiveram os salários suspensos e estão proibidos de acessar o hospital ou ter contato com os funcionários.
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A decisão judicial foi tomada na última sexta-feira (18) após representação pelo afastamento dos médicos investigados pela Polícia Civil. O objetivo é evitar que as investigações sejam prejudicadas.
– A direção do hospital informou que alguns investigados estariam indo até o local, tumultuando o ambiente de trabalho e tentando influenciar os demais funcionários que tem conhecimento das fraudes praticadas – explicou o delegado Rafaello Ross, responsável pela investigação.
O delegado deve concluir o inquérito nos próximos 30 dias. Segundo a Polícia Civil, os médicos registravam as digitais no ponto eletrônico e saíam da unidade sem cumprir a jornada integral, voltando apenas no fim do expediente para marcar a saída. Um deles chegou a ser flagrado em um motel durante o horário de trabalho.
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Os suspeitos são médicos concursados pelo Estado e deveriam cumprir carga horária de 80 horas presenciais mensais no Hospital Regional. Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Rafaello Ross, entre os investigados há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos. O salário dos envolvidos varia de R$ 9 mil a R$ 20 mil.
Dois médicos chegaram a ser presos na última terça-feira (15) após serem flagrados dormindo em casa durante o horário de trabalho. As prisões aconteceram durante a Operação Ponto Fraudado, que cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos. No entanto, os dois profissionais pagaram fiança de R$ 31 mil e foram liberados.
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