Os 11 médicos de Joinville investigados por suspeita de fraudar o registro do ponto de trabalho no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt têm salários que variam de R$ 9 mil a R$ 20 mil por mês. Segundo a Polícia Civil, eles registravam as digitais e saíam da unidade sem cumprir a jornada integral, voltando apenas no fim do expediente para marcar a saída.
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Os suspeitos são médicos concursados pelo Estado e deveriam cumprir carga horária de 80 horas presenciais mensais no Hospital Regional. Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Rafaello Ross, entre os investigados há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos. Outros têm vínculo de cinco anos com o Estado.
Os nomes dos profissionais investigados e as especialidades de cada um não foram divulgadas pela Polícia Civil. A investigação apontou que eles chegavam ao hospital, marcavam o ponto e saíam para realizar atividades pessoais.
– Eles iam realizar as mais variadas atividades particulares, como atendimento em clínicas, compras no comércio e atividades esportivas. Retornavam no final do expediente apenas para marcar o fim da jornada de trabalho – conta Ross.
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Dois médicos investigados foram encontrados dormindo em casa na manhã desta terça-feira, quando deveriam estar cumprindo expediente no hospital. De acordo com o delegado, ambos registraram o ponto na manhã de segunda-feira e não voltaram para marcar a saída.
Apesar disso, Rafaello aponta que os 11 suspeitos representam apenas uma pequena parcela do total de 200 médicos que trabalham no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.
– É um universo de 5% de médicos que atuaram com esse desvio de conduta. Portanto, é preciso valorizar os profissionais que estão na linha de frente, principalmente no combate à Covid-19, com UTI lotada e sobrecarga de trabalho.
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