Os 11 médicos de Joinville investigados por suspeita de fraudar o registro do ponto de trabalho no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt foram indiciados pela Polícia Civil nesta quinta-feira (28), por crime de falsidade ideológica, com a agravante da prática ter ocorrido durante um período de calamidade pública, decretada por conta da pandemia do coronavírus. Os médicos já estavam afastados de suas funções desde dezembro, quando também tiveram seus salários suspensos por ordem judicial.
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Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal de Joinville, Rafaello Ross, o inquérito concluiu que os médicos registravam o ponto eletrônico no horário de entrada, mas não permaneciam no hospital durante o turno de trabalho. No final do expediente, eles retornavam ao estabalecimento para sinalizar a saída. Com isso, garantiam o pagamento integral de seus salários.
As investigações foram iniciadas ainda em setembro de 2020 em parceria com o GAECO.
Dois médicos chegaram a ser presos em flagrante durante as diligências, porque foram encontrados em suas residências enquanto os pontos de trabalho estavam em aberto no hospital regional, como se lá estivessem no mesmo horário. Um terceiro, chegou a ser flagrado entrando em um motel durante o expediente.
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Os 11 indiciados são servidores concursados do Estado e recebem salários entre R$ 9 mil a R$ 20 mil., por uma jornada de 80 horas mensais que deveriam ser cumpridas de forma presencial. Ainda, segundo a polícia, há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos entre os envolvidos na fraude.