Cerca de dois anos após o início das investigações, os 11 médicos suspeitos de irregularidade no registro de ponto eletrônico no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville, estão respondendo um processo administrativo disciplinar, que foi aberto pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
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O caso chegou à polícia em dezembro de 2020 e os profissionais foram indiciados por falsidade ideológica um mês depois, com o agravante da prática ter ocorrido durante um período de calamidade pública, decretada por causa da pandemia do coronavírus.
O inquérito da Polícia Civil concluiu que os médicos registravam o ponto eletrônico no horário de entrada, mas não permaneciam no hospital durante o turno de trabalho. No fim do expediente, retornavam à unidade para sinalizar a saída e garantiam o pagamento integral dos salários.
Os 11 indiciados são servidores concursados do Estado, com salários que chegavam até R$ 20 mil, por uma jornada de 80 horas mensais a serem cumpridas presencialmente. Entre eles, há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos.
> Médicos suspeitos de fraudar ponto no Hospital Regional têm salários de até R$ 20 mil
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Dois médicos foram presos em flagrante durante a operação por terem sido encontrados em casa enquanto os pontos de trabalho estavam em aberto no hospital. Dois dias após a prisão, eles pagaram fiança e foram liberados. Um terceiro médico foi flagrado entrando em um motel durante o expediente.
A SES informou que foi finalizada a sindicância investigativa para apurar a suposta fraude nos pontos e, em junho deste ano, foi publicada a portaria para abertura do processo administrativo disciplinar contra os investigados, que “segue tramitando dentro do prazo legal”, conforme diz a nota.
Em dezembro de 2020, quando o caso passou a ser investigado, os profissionais foram afastados do trabalho e com salários suspensos. No entanto, conforme a pasta, houve uma decisão judicial posterior determinando o retorno deles às atividades.
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