Dois médicos brasileiros desenvolveram uma técnica para o diagnóstico precoce do Mal de Alzheimer, doença sem cura e principal causa de demência, no Brasil, para pessoas com mais de 60 anos. Atualmente, o tratamento se limita a proporcionar conforto e qualidade de vida ao paciente pelo maior período de tempo possível. Por isso, quanto mais cedo é o diagnóstico, mais tempo os médicos têm para lutar contra os sintomas, que incluem mudanças de comportamento e perda de memória.

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– O Alzheimer chega a ser duas vezes mais comum no país que a demência vascular, provocada por microinfartos cerebrais. Diante desse cenário, é imprescindível contar com ferramentas capazes de diagnosticar a doença com antecedência e precisão – afirma um dos criadores da nova técnica, o neurocirurgião Antônio De Salles, do Hospital do Coração, de São Paulo.

De Salles e a neurocirurgiã Alessandra Gorgulho, também do Hospital do Coração, desenvolveram a técnica na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, onde são professores, e a trouxeram para o Brasil. O novo método se baseia na combinação de imagens geradas por ressonância magnética e PET/CT – que é, por si só, uma combinação de dois exames, a tomografia molecular por pósitrons (PET) e a tomografia computadorizada.

– Esse método diagnostica o Alzheimer precocemente ao indicar, com mais clareza, os locais onde há maior concentração de células inativas no cérebro do paciente – afirma Alessandra.

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A técnica não se limita ao dignóstico do Alzheimer, conta De Salles:

– Com esse recurso, poderemos identificar e desenvolver tratamento precoce ou prevenção para vários outros tipos de doenças cerebrais degenerativas associadas ao envelhecimento.