Uma associação de médicos australianos decidiu levar ante a justiça algumas leis que impedem que sejam informadas as condições dos campos de migrantes gerenciados pela Austrália em várias ilhas do Pacífico.
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Segundo testemunhos, as condições nos campos de Nauru e Papua Nova Guiné, para onde são levados os refugiados que tentam chegar de barco à Austrália, são deploráveis. Além disso, teriam ocorrido casos de abusos sexuais.
No ano passado, o governo conservador australiano aprovou novas medidas que castigam os funcionários do departamento de imigração por revelar informações a respeito de coisas que presenciam.
“Como está na lei, uma pessoa que informa sobre as condições nos centros de detenção pode ser condenada a dois anos de prisão”, afirmou Barri Phatarfod, da Doctors for Refugees, que levou a questão ante a justiça.
A organização considera que a legislação, que também foi denunciada pela ONU, viola a liberdade de informação e, em consequência, é inconstitucional.
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* AFP