A implantação do ponto biométrico (eletrônico) para todos os médicos do Hospital Municipal São José, em Joinville, repercutiu bem entre entidades médicas e de servidores. Segundo o hospital, 30% dos quase 200 médicos da unidade já batem o ponto biométrico.
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Agora, por orientação do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Estado e do Tribunal de Contas do Estado, a regra se estende a todos os profissionais médicos – um grupo mais antigo de médicos concursados ainda não havia sido cadastrado no sistema. A obrigação do ponto eletrônico passa a valer na próxima terça-feira.
O presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM), Thomas Andreas Huber, disse que o ponto biométrico já é uma realidade para os profissionais do hospital e agora se estende a todos os médicos.
-Não houve repercussões entre os médicos, é um procedimento que só torna o controle da jornada mais técnico-, afirma.
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O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsej), Ulrich Beathalter, disse que a entidade apoia o controle de jornada de forma técnica para todos os servidores, sem distinções entre categorias, e que a prática vai ao encontro das cobranças que a população tem feito ao poder público.
-O controle da jornada é necessário e é uma medida que a sociedade espera-, afirma.
O diretor do hospital, Marcos Krelling, disse que a decisão apenas cumpre orientação feita há tempos pelo MP e outros órgãos. Segundo ele, a medida não ocorre porque havia irregularidades no ponto, mas para dar controle técnico ao processo.
-A jornada já é controlada por meio de escalas. A diferença é que uma parcela dos médicos não tinha esse tipo. Na prática, para os pacientes e o atendimento, não vai alterar nada, porque os profissionais já cumpriam suas jornadas. É uma medida administrativa-, afirmou.
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O pedido do Ministério Público e outros órgãos pelo ponto biométrico é uma das práticas mais transparentes que o hospital tem sido obrigado a adotar, como concurso para contratação de anestesistas, depois da vir à tona que um grupo de profissionais trabalhava sem credenciamento formal junto à unidade.
As exigências levaram o prefeito Udo Döhler a nomear, neste ano, um profissional dá área de finanças para a presidência da autarquia, depois de períodos em que médicos estiveram à frente da instituição.