O clínico-geral Antônio Gimenez Trevisan, 58 anos, foi solto no último dia 10, uma semana após ser preso temporariamente pela Polícia Civil de Blumenau. Ele havia sido detido no dia 3 por suspeita de estupro contra duas pacientes que registraram boletins de ocorrência no final de outubro.

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Segundo o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso, Henrique Stodieck, o inquérito foi encerrado com o indiciamento do médico pelo crime de estupro. Como o delegado entendeu que o objetivo da prisão temporária – a investigação – havia terminado e não considerou necessário o pedido de prisão preventiva, o profissional responderá ao caso em liberdade.

Segundo o delegado, ao longo da investigação outras pacientes prestaram depoimento, mas nenhum dos novos se configurou como estupro, caso dos dois primeiros que motivaram a investigação. Em depoimento, Trevisan teria se limitado apenas a negar as acusações. Uma cópia do inquérito foi encaminhada para o Conselho Regional de Medicina (CRM), que também apura o caso.

Stodieck revela ainda que pediu algumas medidas cautelares como o impedimento do exercício de serviço público em Blumenau, mas a decisão acerca dessas determinações depende do Judiciário. A assessoria da 2ª Vara Criminal do Fórum de Blumenau não informou se as medidas foram recebidas ou acolhidas.

Situação do médico no município

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No Ambulatório Geral da Fortaleza, a equipe informou que o clínico-geral ainda não voltou a atender. No Portal da Transparência da Prefeitura, o nome de Trevisan aparece ao lado do campo “trabalhando”. Procurada pelo Santa, a secretária de Saúde de Blumenau, Maria Regina de Souza Soar, informou que desconhecia a informação de que o médico havia sido solto e que precisaria verificar informações sobre o encaminhamento da Polícia Civil e sobre o processo para definir como ficará a situação dele no quadro da prefeitura.

O advogado de Trevisan, Honório Nichelatti Júnior, informou que no momento pretende se manifestar apenas dentro do processo.