Um dos professores que ajudou a escrever a carta dos pesquisadores da UFSC para o governador Carlos Moisés, que critica e sugere ações para diminuir a contaminação do coronavírus, o ex-reitor e médico Lúcio Botelho, em entrevista ao Notícia na Manhã, comentou sobre o conteúdo encaminhado ao governo.
Continua depois da publicidade
– Nosso alerta é que o governo tem que ser protagonista. Se nós estamos em direção a um lockdown, o alerta é pra que nos organizemos para que esse lockdown não provoque um caos ainda maior. A nossa defesa é que a gente comece a planejar um isolamento mais forte – disse.
Outro ponto abordado na carta e explicado pelo médico Lúcio Botelho é a possível ineficácia de abrir e fechar por diversas vezes. Segundo ele, isso prejudica também a economia.
Leia a íntegra da carta aberta dos pesquisadores da UFSC.
– É fácil pra nós da classe média, da classe média alta falarmos em isolamento. O fundamental é a gente ao dar exemplo traga essa população pra junto das medidas que a gente toma, e esse pra mim é o ponto essencial, a gente ter a presença de um Estado mais forte e mais confiável, pra que a gente tenha a tendência de sair mais rapidamente da crise. Ou corremos a risco de alongar cada vez mais e entrarmos em outubro, novembro e aí o caos econômica vai ser muito maior. A defesa nossa é defender o isolamento, a saúde, é defender fundamentalmente a economia. Uma coisa é você parar tudo planejadamente por um mês, 20 dias. Outra coisa é você abrir, parar, abrir, parar em tempo indeterminado.
Continua depois da publicidade
> Veja a evolução da pandemia em SC em um mapa interativo
A questão econômica tem que ser pensada sim, mas pela ótica de uma visão de saúde. Não deu certo a descentralização, não deu certo cada município fazer o seu trabalho. É preciso que haja umgoverno central mais forte.
