Um médico colombiano foi preso na Venezuela por “comercializar” um antiviral usado em pacientes com Covid-19, medicamento fornecido gratuitamente pelo governo, como informou o procurador-geral Tarek William Saab, em declaração transmitida na televisão.
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Trata-se do colombiano Antonio Amell, médico residente do Hospital Dr. Enrique Sequera de Valencia, no estado de Carabobo, um dos 46 hospitais de campanha que contam com supervisão militar no cuidado a pacientes com Covid-19.
Segundo o procurador, Amell estava conseguindo compradores garantindo-lhes que o hospital “não tinha recursos” e oferecendo-lhes cada ampola do antiviral, medicação que se mostrou eficaz contra o vírus, por US$ 800.
O médico, preso no domingo por agentes anticorrupção e do serviço de inteligência (SEBIN) do país, responderá por crimes de “concussão, contrabando e associação para delinquir”, acrescentou Saab.
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Na terça-feira, a Colômbia, país natal do médico, rejeitou a “prisão arbitrária” de Amell e exigiu “total respeito” por sua integridade física. “Pedimos às organizações internacionais de proteção dos direitos humanos que exijam sua liberdade imediata e a proteção de sua vida”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores colombiano.
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Saab, em resposta, assegurou que “na Colômbia se tentou armar todo um escândalo” em torno do caso pelo qual o diretor do hospital “está sendo investigado”.
Caracas rompeu relações com a Colômbia em fevereiro de 2019 depois que esse país reconheceu, junto aos Estados Unidos e mais de cinquenta países, o chefe parlamentar Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
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