A hepatite viral é uma infecção do fígado ocasionada por vários vírus. Ganham importância os vírus B e C, que além de causarem doença aguda, podem permanecer dentro do fígado tornando-se uma infecção crônica. Calcula-se que entre 5% e 10% dos adultos infectados pelo vírus B e 60% e 90% pelo vírus C permanecem com a doença crônica, que pode levar à cirrose hepática e ao câncer do fígado.

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Na maioria dessas infecções crônicas, o paciente não apresenta sintomas, ou seja, não sabe que está doente. Quando os sintomas aparecem, a doença já se encontra em estágio avançado. Estima-se que 2,3 milhões de brasileiros são portadores das hepatites, sendo 800 mil do tipo B e 1,5 milhão do tipo C.

O diagnóstico é feito com avaliação clínica e uso de testes – convencionais ou rápidos – para detecção do vírus no sangue, com objetivo de tratamento precoce, tentando evitar a evolução para cirrose ou câncer do fígado. A transmissão das hepatites pode ser feita pelo contato com secreções e sangue de pessoas doentes, exceto saliva e suor; relações sexuais sem preservativo (vírus B); transfusão sanguínea antes de 1994 (vírus C não era reconhecido); uso de objetos, cortantes ou não, contaminados; e compartilhamento de seringas e outros materiais com sangue contaminado, como alicates de unha, agulhas de tatuagem, lâminas de barbear, escovas de dente, materiais para colocação de piercing, entre outros.

O SUS oferece vacina para o vírus B, aplicada em três doses. O tratamento das hepatites crônicas B e C utiliza associação de diversas drogas, com índices de cura progressivamente mais positivos nos últimos anos. Se você tem dúvidas quanto a uma provável contaminação pelo vírus ou sobre como se proteger, procure esclarecimentos.

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