Dois alvos de uma megaoperação contra o tráfico que desmantelou um verdadeiro esquema de “agro da maconha” na Bahia são filha e genro do chefe do negócio criminoso. Larissa Lima, médica, e o esposo Paulo Victor Lima seriam dois dos responsáveis por operacionalizar parte do esquema de venda de drogas. Ela foi detida em São Paulo, enquanto ele foi localizado pelos agentes em Feira de Santana (BA).
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O pai de Larissa, Rener Umbuzeiro, é apontado pela Polícia Federal como o chefão da família que construiu um império de R$ 50 milhões a partir do tráfico de drogas, com verdadeira “lavouras” de maconha espalhadas pelo estado baiano. Ele foi morto durante o cumprimento dos mandados da Operação Kariri, de acordo com a PF, depois de entrar em confronto com os policiais.
Casal ostentava com viagens e festas nas redes; veja fotos
Conforme apuração do O Globo, Larissa seria a responsável pela tesouraria do esquema criminoso do pai. Já Paulo Victor atuaria junto com ela e também teria atribuições na lavagem de dinheiro. Nas redes sociais, ambos ostentavam uma vida de viagens, festas, treinos na academia e cuidados com a estética. Além deles, a esposa de Umbuzeiro foi presa por ter ligação com a parte financeira do tráfico de drogas.
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Ao menos R$ 50 milhões em bens bloqueados
Segundo os investigadores, Umbuzeiro teria uma empresa dedicada a plantar milho, algodão, abacaxi, alho, batata-inglesa, cebola, feijão, com autorização também para criar gado de corte e produzir leite. O perfil agro do CNPJ, porém, escondia a real motivação da companhia, que seria plantar, preparar e distribuir maconha em todo o Nordeste do Brasil. Ao todo, mais de uma tonelada de maconha foi apreendida e cinco fazendas foram reveladas pela PF.
Ao todo, a megaoperação desta semana contou com 100 policiais da Bahia, Pernambuco e São Paulo, bem como de representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além da descoberta das fazendas e das prisões, foram apreendidas cinco armas, quatro veículos e uma quantidade de cabeças de gado. A Justiça autorizou o bloqueio de bens que somam mais de R$ 50 milhões, incluindo imóveis de alto padrão.
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