O depoimento que faltava no inquérito que apura a morte do polcial Civil Sacha Ferraz, em novembro do ano passado, em Itajaí, foi tomado na manhã desta segunda-feira. A médica Luciana Arouca, que trabalhava no setor de regulação do Samu e atendeu a esposa de Sacha ao telefone, falou por cerca de uma hora. A jovem nega que tenha haviado omissão de socorro.
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Sacha Ferraz morreu aos 30 anos de idade de infarto. De acordo com a família, ele teria saído para correr e ao retornar para casa começou a passar mal. Teve vômitos, dores no peito e chegou a desmaiar. A esposa Cristiane Dalçóquio ligou para o Serviço de Atendimetno Móvel de Urgência (Samu) duas vezes, mas nenhuma ambulância fois destacada para atender o policial.
Por conta disso, ainda em novembro, a polícia abriu um inquérito para apurar se houve negligência no atendimento. Mas o depoimento da média ainda não tinha sido tomado. A polícia em Itajaí, encaminhou carta precatória para que ela fosse ouvida em Balneário Camboriú, onde morava, mas a jovem não tinha sido localizada.
De acordo com o advogado da médica, Ricardo Deucher, ela não tinha conhecimento de que estava sendo aguardada na delegacia. Assim que soube de toda a história pela imprensa, contatou o advogado e se apresentou na delegacia de Itajaí para prestar depoimento.
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De acordo com o delegado Carlos Quilante, o inquérito já havia sido remetivo ao Ministério Público, que na semana passada cobrou uma conclusão. Ficou faltando apenas o depoimento da médica. Assim que receber e analisar a documentação, caberá à promotoria decidir se a médica será ou não denunciada. Por enquanto, Luciana prestou depoimento como testemunha.
– O depoimento dela foi bastante esclarecedor. Ela explicou que trabalhava como reguladora, que fez o atendimento por telefone, mandou darem a ele duas aspirinas e entendeu que não cabia enviar uma ambulância – comenta o delegado.
Como não presidiu o inquérito – que estava sob a responsabilidade do delegado Luiz Guimarães, que se aposentou – o delegado Quilante não quis comentar suas impressões sobre o depoimento.
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O advogado da médica comentou que não houve omissão de socorro porque naquele momento era o que poderia ser feito. Ela disse que a Luciana Arouca está tranquila quanto ao que houve.