Em 12 participações na elite do Campeonato Catarinense, o Metropolitano alternou bons e maus momentos. Fez o torcedor celebrar grandes vitórias e o frustrou com algumas derrotas. Este ano, porém, o desempenho da equipe preocupa. As três derrotas consecutivas tiraram o time da zona de classificação para a Série D do Brasileiro e acenderam a luz de alerta no clube. Quatro pontos separam o time dos últimos dois colocados a uma rodada do fim do primeiro turno.

Continua depois da publicidade

As constantes falhas na marcação tiraram do Metrô os resultados positivos e a confiança da torcida. Nos últimos três jogos a equipe viu o adversário balançar as suas redes oito vezes elevando para 16 o número de gols sofridos na competição – média de dois gols por partida. É a defesa mais vazada da competição até aqui e o pior desempenho defensivo da história do clube na Série A do Estadual. Até esta temporada, a equipe mais inconsistente do Metrô no Catarinense havia sido a de 2007, que sofreu 40 gols em 22 partidas, média de 1,81 por jogo.

Técnico do Metropolitano, Caco Espinoza afirma que as falhas em campo não se devem apenas à defesa. Para ele, o problema é coletivo e pode ser resolvido em dois passos: reforçar o sistema de marcação e análise dos jogos passados.

– Os números podem enganar, mas dessa vez estão sendo muito claros: dois gols por jogo é muita coisa. Estamos fazendo de tudo para treinar em cima dessa realidade. No último jogo tivemos a entrada do Willian e do Alex, por exemplo. Também dificulta porque temos problemas de lesão. Essa história de jogar todo meio de semana e todo fim de semana agrava ainda mais a situação. Mas apesar do pouco tempo hábil, a comissão técnica tem trabalhado com vídeos de jogos passados para aprender com nossos erros – revela.

Continua depois da publicidade

“Todos precisam se ajudar”, afirma ex-zagueiro

Como contrapartida, o ano em que o Verdão teve a formação mais equilibrada foi justamente o da estreia na elite do Catarinense, em 2005. Na época a equipe sofreu 18 gols nas 16 partidas que atuou e o desempenho levou o time à 7ª posição entre os 12 clubes que disputaram aquela edição.

O zagueiro Rogélio, 34 anos, atualmente defende o Maringá-PR. Há 12 anos ele formou a dupla de zaga do time base do Metrô e diz que na época a jovialidade do time combinada à vontade de provar seu valor foi a fórmula perfeita para garantir o bom desempenho:

– Em 2005 jogávamos na zaga o Cris e eu, mas o pessoal de meio-campo e os volantes também ajudavam. Como era um time novo, de jogadores que precisavam mostrar serviço para conseguir alguma coisa na carreira, facilitava. Hoje o Metrô tem jogadores de igual qualidade, que têm tudo para sair dessa situação. Quando a coisa fica difícil todos precisam se ajudar – opina.

Continua depois da publicidade