Às 18h45min (21h45min em Brasília) desta quarta-feira, a equipe da Chapecoense entraria em campo para começar a decidir contra o Atlético Nacional, em Medellín, a final da Copa Sul-Americana. A tragédia no Cerro Los Gordos abreviou o sonho. Não haverá partida. Não haverá entrada em campo da delegação brasileira. No lugar, pontualmente no mesmo horário em que ocorreria o primeiro jogo da final, haverá uma grande homenagem no Estádio Atanásio Girardot. Milhares de pessoas, vestindo branco e carregando velas, devem ir ao local, no que promete ser a maior cerimônia até agora na Colômbia em homenagem às vítimas.

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Há um clima de solidariedade muito grande em Medellín com relação aos brasileiros – e principalmente a quem vem do sul do Brasil, como nossa equipe constatou desde que desembarcou aqui, na tarde de terça-feira. Moradores na região do desastre colocaram seus carros à disposição para o deslocamento de ZH. Também as autoridades permitiram acesso de nossa equipe ao local dos destroços, comovidos com o acidente.

Os preparativos para a homenagem no estádio Atanásio Girardot

A hipótese de falta de combustível ganhou força nas últimas horas e parece chave para explicar a tragédia. O jornal El Colombiano destaca em sua manchete: “O avião que nunca devia ter saído da Bolívia”, questionando a autonomia da aeronave que transportava a Chapecoense. A “pane seca” teria ocorrido antes do colapso do sistema elétrico: “As luzes se apagaram”, teria contado a auxiliar de voo Ximena Suárez, ao governador de Antioquia, Luiz Perez.

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O jornal El Tiempo destaca que a companhia LaMia sequer tinha protocolos para casos de emergência exigidos pela Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Logo, precisou pedir auxílio à Avianca porque não tinha sequer meios para transportar os corpos das vítimas.

Colombianos se unem a brasileiros