Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (2), o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, confirmou que nenhum novo pesquisador receberá bolsa da entidade em 2019 se não houver um descontingenciamento de verbas do Ministério da Educação (MEC).

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Foram cortadas 5.613 bolsas de mestrado e doutorado referentes a pesquisadores que já finalizaram seus estudos, mas não serão repassadas para outros alunos.

— O critério utilizado para o bloqueio é o de bolsas não utilizadas. Com o objetivo de preservar todos os bolsistas em vigor, não renovaremos e nem substituiremos benefícios a partir de setembro — garantiu Correia.

Este já é o terceiro anúncio de cortes de bolsas em 2019. Desde o início do ano, o governo de Jair Bolsonaro já cortou 11.811 bolsas de pesquisa financiadas pela Capes, equivalente a 10% das bolsas vigentes no início do ano.

Não haverá interrupção de pagamento para bolsistas com pesquisas em andamento, segundo o governo. Os benefícios cortados. O novo corte representa o não investimento de R$ 37,8 milhões no ano. A Capes teve R$ 819 milhões de seu orçamento contingenciado neste ano, ou 19% do valor autorizado.

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No primeiro orçamento feito pela atual gestão, para 2020, a Capes perdeu metade da verba, que de R$ 4,25 bilhões neste ano passou para R$ 2,20 bilhões em 2020. O presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correia, disse que o governo trabalha para tentar recompor o orçamento.

— MEC e Capes buscam recompor orçamento integral ou próximo disso. Várias iniciativas estão sendo pensadas. O financiamento com a indústria, por exemplo, com mestrados e doutorados profissionais.

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