Um papo com Ericsson Luef, presidente em exercício da Federação Catarinense de Futebol (FCF), basta para saber que é um apaixonado pelo futebol desde garoto. Com 39 anos, faz parte de uma nova geração de empresários bem-sucedidos em Santa Catarina. É presidente do grupo Hemmer, a maior empresa de alimentos do país, com matriz em Blumenau e filiais no Paraná, Minas Gerais e Pará, que abriga mais de 1.800 empregados.

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Para garantir cargo na CBF, Delfim pede licença da Federação Catarinense

Leia mais informações e opiniões trazidas por Roberto Alves

Ericsson é um dos fundadores do Metropolitano, clube de Blumenau, e conhece bem as dificuldades de um time médio do futebol brasileiro. Antes de aceitar ser um dos vice-presidentes da FCF, consultou seus amigos do futebol como Sandro Pallaoro, Wilfredo Brillinger, entre outros. De repente, a chance de assumir tudo com os problemas surgidos na CBF. O presidente em exercício fica até o próximo dia 8 e tem opiniões bem claras a respeito do nosso futebol.

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Como encontrou a FCF?

Hoje é uma entidade organizada, que facilita o trabalho de quem lá estiver.

Não lhe assustou assumir o futebol catarinense?

Não, porque sou de uma geração de administração de empresa, embora o futebol tenha lá suas diferenças. Não esperava assim tão rápido, mas sem problemas.

Dá expediente?

Todos os dias cumpro com minha obrigação. Tenho representado a FCF em alguns eventos. Recentemente estive na Capital com o Ministro dos Esportes e nesta terça-feira fui à reunião da Associação de Clubes.

E se o presidente licenciado da FCF, Delfim Pádua Peixoto Filho, for para a CBF em definitivo?

Aí terei que pensar muito. Tenho uma empresa a tocar e muitos funcionários que sabem da minha importância.

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Acha que Delfim vai mesmo?

Tem tudo para acontecer. O que me revolta é ver a CBF maculada e ninguém fazer nada. A instituição é a grande prejudicada por conta de pessoas físicas. Não entendo a demora para uma solução.

Marco Polo Del Nero cai?

Eu não tenho dúvida de que o senador Romário não descansará enquanto não tirá-lo de lá. Há muita coisa acontecendo nos bastidores e os próximos passos, como as delações premiadas, vão definir tudo.

E quem cai para a Série B?

Acho difícil a situação do Joinville, assim como entendo que a Chapecoense está garantida. Torço pelos dois da Capital como torço pelo futebol catarinense.

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Um deles corre risco muito grande, não?

Pode ser, mas gostaria que os dois ficassem.

E o futuro?

Dia 8 devolvo a presidência ao Delfim e ficarei esperando pelas decisões futuras. Delfim pode assumir se Del Nero for punido. Se ele se licenciar antes pode indicar seu substituto. A campanha contra o presidente da CBF é muito grande, não sei como ainda permitem o que está acontecendo à nossa entidade maior do futebol.

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Opinião do colunista:

A coluna pensou que iria encontrar um dirigente fechado, tímido, pouco falante e de pequeno conhecimento do futebol. Ledo engano. O homem fala que não é mole e mostra conhecimento de tudo. Intitula-se um dirigente moderno, de uma nova era que pode contribuir muito com o futebol. É também um apaixonado pela sua empresa. Por isso, acho que dificilmente a deixará se for necessário.

Vale a pena apostar em novas ideias que priorizam o futebol. Precisamos ter alguém para o futuro no comando do futebol. Aqui está um bom nome que me pareceu muito interessado no futebol catarinense e brasileiro.

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