Uma dona de casa de 41 anos, moradora do morro da Caieira do Saco dos Limões, embarcou no mesmo ponto que os dois homens que atearam fogo no ônibus, às 17h30 desta terça-feira, na na rua Custódio Firmino Vieira. Mas o coletivo não saiu do lugar.
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Assim que sentou na poltrona, os criminosos mandaram o motorista abrir as portas e todos os 11 passageiros descer. O cobrador tentou puxar a bolsa, que ficou presa e na segunda tentativa conseguiu soltá-la e levá-la junto. O motorista estava saindo quando lembrou que não havia puxado o freio de mão.
– Voltei e ainda consegui puxar o freio de mão. Se não fizesse ia descer a ladeira – contou na Delegacia de Polícia do Saco dos Limões.
Eles não conseguiram reconhecer um adolescente de 14 apreendido no local que estaria com a dupla que ateou fogo. O garoto negou ter participado do atentado ou que conhecesse os dois suspeitos que aguardavam o ônibus no ponto.
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ENTREVISTA: Passageira do ônibus:
Diário Catarinense – Como foi que tudo aconteceu?
Passageira – Dois que estavam no ponto entraram junto comigo, em seguida mandaram todo mundo descer. Diziam ‘desce, desce, desce’.
DC – Estavam armados?
Passageira – Um deles tinha uma arma e o outro levava a garrafa. Estavam com toucas de moletom, não deu para ver o rosto.
DC – O que lhe passou pela cabeça?
Passageira – Me deu um desespero ver ele apontando a arma para dentro do ônibus e girando em direção ao motorista e a todo mundo.
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DC – A senhora ia para onde?
Passageira – Tinha acabado de sair de casa. Ia no hospital visitar uma vizinha que está lá sozinha e acontece isso. A gente fica nervosa.