Morreu na madrugada desta quarta-feira (10) em Florianópolis o músico Mazinho do Trombone, aos 78 anos. Ele foi levado ainda na terça-feira para o Hospital Celso Ramos com diagnóstico de pneumonia. A morte foi confirmada por volta das 4h, segundo familiares.
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O corpo de Mazinho do Trombone será velado a partir das 13h30min nas capelas do Cemitério São Francisco, no Itacorubi. O enterro será às 10h desta quinta-feira (11), depois de uma missa de corpo presente, no cemitério do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.
Daldumar Roberto Vieira, o Mazinho, era casado e pai de seis filhos (e com muitos netos e bisnetos). Nos últimos meses, o músico lamentava a morte da esposa Zânia Vieira, ocorrida em 31 de maio deste ano. Os dois ficaram juntos por mais de 50 anos. Mesmo com o cuidado dos familiares, se queixava de saudade da companheira de vida.
Apesar da saúde já debilitada, Mazinho ainda fazia música. Era autodidata: desenvolveu sozinho as habilidades no instrumento pelo qual ficou famoso não só em Santa Catarina, mas no país e na América do Sul.
— A gente tinha um amor pela música, tocávamos de tudo. Para ser sincero, sem puxar pra minha sardinha, considero a música de hoje mais fácil, focada mais no ganho financeiro. Naquela época, quem tocava, tocava com prazer — disse o músico em uma reportagem para o Diário Catarinense e para o Hora de Santa Catarina, em dezembro de 2017.
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História
O artista se mudou cedo do Ribeirão para a região central da Capital catarinense, e foi no Morro do Mocotó que ganhou projeção no cenário da música. Ao lado de nomes como Neide Maria Rosa, o poeta Zininho, Pedrinho do Pandeiro, Djalma do Pistão, Waldir Brasil e Narciso Lima, embalou as noites no Lira Tênis Club e no Clube 12 de Agosto.
— A primeira pessoa a me lançar como músico foi o Zininho, uns 60 natais atrás. O Luiz Henrique Rosa também, grande parceiro — contou Mazinho, na reportagem de 2017.
Na época, ele se recuperava de uma cirurgia de catarata. Foi dona Zânia que, preocupada que o marido estava perdendo a visão, procurou a apresentadora da NSC TV, Laine Valgas. A cirurgia custava R$ 10 mil e a família não tinha condições de arcar com o procedimento. Com a história relatada na coluna do Hora SC, Mazinho passou pela cirurgia e voltou a enxergar bem.
Empolgado com presente, o músico começou a se preparar para o então Carnaval de 2018, mais uma vez, com seu trombone.
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Homenagem
No ano de 2014, o Diário Catarinense produziu uma reportagem especial com o músico catarinense. Confira o vídeo realizado na época: