Supostas irregularidades nas funerárias de Joinville voltaram à pauta da Comissão de Finanças da Câmara na tarde desta terça-feira. O vereador Maycon César (PPS), que convocou a reunião, denunciou um esquema de venda casada entre planos de assistência funeral e funerárias permissionárias.

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O parlamentar apresentou uma gravação telefônica na qual um funcionário da Central Funerária direciona um suposto cliente de um plano para uma funerária específica. Conforme a denúncia, há imposição para o usuário do plano utilizar o serviço da “funerária parceira”.

– É um momento de dor e os familiares não vão parar para verificar qual funerária está na vez (no rodízio). Para que esse direcionamento não aconteça, precisamos de fiscalização 24 horas por dia – cobrou Maycon César.

Participaram da reunião representantes das quatro funerárias da cidade – Sesf, Noiva do Mar, Cristo Rei e São Jorge -, alguns representantes dos planos e Juarez Tirelli, presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema). Os representantes das funerárias preferiram não se pronunciar durante o encontro.

Presidente da Fundema nega falta de fiscalização

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Tirelli afirmou que há diferença no número de atendimentos entre as empresas (o que não deveria existir, se o rodízio fosse respeitado). Mas, segundo o presidente da Fundema, isso ocorre porque existe uma liminar judicial que, embora mantenha o rodízio, dá ao cliente a opção da livre escolha. Ele também rebateu a acusação de falta de fiscalização por parte do órgão.

– Na lei não há a obrigatoriedade da fiscalização. Fala, sim, sobre supervisão permanente, e isso a Fundema faz, o que não quer dizer que seja 24 horas por dia – alegou Tirelli.

Uma nova reunião com o presidente da Fundema foi agendada para a próxima semana. Caso nada seja resolvido, Maycon César promete levar o caso à Justiça.