Selvagem para a Fendi, real na concepção da casa Prada, militar, segundo Max Mara, amazona para Ermanno Scervino… A mulher idealizada pelos costureiros milaneses, no segundo dia dos desfiles de prêt-à-porter para o próximo inverno, revela toda sua força.
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Para a Fendi, Karl Lagerfeld assina uma coleção que mistura peles luxuosas, lã ou caxemira, jérsei e ainda pele de rã ou de tubarão que se repetem nos acessórios e nos desenhos.
Saídas do fundo de uma floresta, as manequins iluminam numa fração de segundo a passarela com sua energia. Com botinas do tipo Belle Époque, ornadas de botões ou laçarotes, elas usam, ainda um imponente cinturão medieval, acompanhado de uma pesada estola de pele sobre os ombros.
Os ‘collants’ imitando répteis ajudam neste look selvagem, reforçado ainda por casacões de pelo de cabra colorido.
A firma italiana Max Mara mostrou nesta quinta-feira, na Semana da Moda de Milão, uma sóbria coleção marcada por cores militares, enquanto a Fendi seduziu com as sofisticadas criações do legendário estilista Karl Lagerfeld.
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Max Mara optou pelo estilo militar, andrógino, oferecendo desde o clássico abrigo de camelo à jaqueta ampla e longa de aviador confeccionada em couro e pele.
Os materiais são delicados e finos, como a caxemira e o mohair, tradicionais protagonistas da marca.
O tecido verde e cáqui e as pantalonas mais curtas permitem à mulher contemporânea mover-se facilmente na metrópole, com uma roupa mais cômoda, às vezes de tweed.
– Nós nos inspiramos no modernismo dos anos 20, atualizando o armário da mulher – explicou a diretora de criação da marca, Laura Lusuardi.
Os acessórios são sempre espetaculares, carteiras grandes com as cores dispostas em forma geométrica, meias longas com estampados de pele de crocodilo e botas de salto alto.
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Lagerfeld brilha ao oferecer uma proposta totalmente contemporânea, com uma gama de cores escuras que oscilam do azul ao preto, do verde às cores terrosas.
As modelos parecem recém-saídas da floresta, com tranças grossas e a fisionomia de um caçador de um conto de fadas.
O estilo Prada é completamente diferente. A casa italiana fundada em 1913 e dirigida por Miuccia Prada joga com os rostos pálidos e os longos cabelos dourados, somados a um olhar misterioso, espectral.
A marcha fúnebre se transforma em festa, em hino à opulência, às pedras preciosas, aos cristais e pérolas das pulseiras que iluminam os trajes de corte simples e rigoroso.
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As lantejoulas, as incrustações metálicas enobrecem golas e punhos nos casacos em forma de túnica, sem mangas.
Entre o conceitual e o exagerado, a nova coleção não diferencia entre a roupa da noite e a do dia, exigindo sempre sapatos de saltos muito altos.
A geometria reina assim como as cores: violeta, rosado, alaranjado, amarelo, verde, branco e preto.
O terceiro dia da semana milanesa apresenta na sexta-feira as novas coleções de Moschino, Cavalli e Versace.
Para o final de semana estão programados os desfiles de Bottega Veneta, Emporio Armani, Jil Sander, Pucci, Marni, Dolce & Gabanna, Missoni e Ferragamo.
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