O rigor maior no controle antidoping resultou em 27 casos positivos envolvendo atletas brasileiros em 2009. Segundo a atual campeã olímpica do salto em distância, Maurren Maggi, porém, o cerco aos trapaceiros poderia ser mais fechado.

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– (O antidoping) Tem de ser mais rigoroso ainda. Quanto mais, melhor. Eles (entidades responsáveis) fazem um bom trabalho, ao menos dentro do atletismo. Estão pegando quem usa, e estão de parabéns – disse ontem, em visita ao projeto Atletismo em Ação, na favela de Heliópolis, em São Paulo.

Recentemente, a ginasta Daiane dos Santos, flagrada com diurético, disse não saber que a substância era considerada dopante. Para Maurren, a alegação é fraca.

– Estamos no século 21. Se usou, vai ser pego. Não é falta de informação. É da ética de cada um. Dar desculpa não cola mais.

A própria Maurren, de 33 anos, foi flagrada em exame em 2003. Apesar do período atribulado que viveu, ela afirmou que a situação ajudou a se precaver sempre.

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– A gente só toma cuidado depois que é pego. Mas, o cuidado, tem de ter. O tempo inteiro. Continuo sendo contra doping – afirmou.

A atleta contou como se tornou sua rotina após o doping. Além de ter médicos que controlam seu histórico de medicamentos, costuma consultar o técnico Nélio Moura antes de ingerir qualquer coisa.

– Há duas semanas, fiz o exame às 6h30. Há de se andar na linha. O futuro está no atleta limpo, e não no atleta dopado – disparou.