Em meio às polêmicas dos planos para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram encontrados no celular de Mauro Cid, o tenente-coronel do Exército irá prestar novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19). Ele foi intimado mais cedo, antes de vir a público a informação da prisão dos envolvidos no plano de execução. As informações são do g1.

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A intimação veio após a polícia recuperar dados que haviam sido apagados nos computadores de Cid. A investigação da PF busca apurar informações sobre a tentativa de golpe de apoiadores radicais do governo Bolsonaro, no dia 8 de janeiro de 2023, também de dados recuperados do celular de Mauro Cid.

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Em setembro do ano, ele fechou acordo de delação premiada com as autoridades, concordando em contar o que sabe sobre os fatos em troca de uma possível redução de pena.

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Ao g1, a PF informou que trabalha nos ajustes dos últimos detalhes da investigação, e deve finalizar o relatório final do caso até o fim deste mês.

A recuperação de dados nos aparelhos de Cid foi com o uso de um equipamento israelense da PF. Isso possibilitou à polícia desvendar novas narrativas da apuração sobre a operação para impedir a posse do presidente eleito em 2022, Lula.

O cruzamento dos dados fez com que a PF tivesse que adiar a finalização do documento que irá sintetizar os achados da investigação — e que pode indiciar Bolsonaro e alguns dos colaboradores mais próximos.

Os achados nos dispositivos de Cid podem ser um novo obstáculo no acordo de colaboração firmado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O delator não pode omitir informações dos investigadores, já que, para ter os benefícios do acordo, ele deve dizer tudo o que sabe sobre os potenciais crime de que participou ou tomou conhecimento.

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Em abril, gravações de Cid fazendo críticas à conduta da Polícia Federal foram obtidas e divulgadas pela revista Veja. A defesa do ex-ajudante de ordens afirma que a conduta dele é legal e de absoluta cooperação com as autoridades.

*Sob supervisão de Andréa da Luz

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