O mau tempo virou um empecilho para o avanço das obras de dragagem do Itajaí-Açu, em Rio do Sul. Dados apurados pela NSC TV mostram que passados três meses da assinatura da ordem de serviço, apenas 19,5% do trecho previsto passou de fato por limpeza. Na prática, isso significa que a empresa vencedora da licitação tem 80,5% para executar até o fim de outubro, quando termina o contrato.
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O prazo é apertado, principalmente porque depende de não chover muito no Alto Vale do Itajaí. A dragagem só pode ser feita quando o nível do rio está abaixo dos quatros metros de altura. Mas, somente neste ano, o rio ultrapassou os sete metros quatro vezes em Rio do Sul. Ao longo de todo o mês de maio o serviço precisou ficar suspenso. Em junho e julho a empresa só conseguiu trabalhar 20 dias.
Conforme o contrato assinado pelo governo de SC, em 11 de maio, a dragagem deve ser feita em 4,5 quilômetros do Itajaí-Açu. A Defesa Civil diz que o serviço já foi executado aproximadamente 1,5 quilômetro. Após finalizar esse trecho, o trabalho deve avançar para o Rio Itajaí do Oeste e depois Itajaí do Sul, ambos no trecho que passa pela cidade de Rio do Sul.
O total deve chegar a 8,2 quilômetros.
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Entenda como ocorre a dragagem
Atualmente, o serviço é executado com três conjuntos de máquinas dentro do rio e outras três fora da água. O trabalho consiste em retirar do fundo do Itajaí-Açu objetos, barro e outros itens acumulados ao longo dos anos e das várias enchentes registradas na região. Em junho, por exemplo, até geladeira e televisão foram tiradas pela dragagem. O objetivo da ação é dar mais vazão ao rio.
O contrato para esse serviço é de R$ 16,2 milhões. Em entrevista ao NSC Total, em janeiro deste ano, o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, disse que a última vez que o leito do Rio Itajaí-Açu e os afluentes passou por uma grande “limpeza” foi após as enchentes de 1983 e 1984.
A ideia é que, agora, esse trabalho inicie pelo Alto Vale e vá até a foz.
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