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(Foto: NSC Total )

Os avanços tecnológicos dentro das organizações precisam ir além da aquisição de equipamentos e máquinas de última geração, mas devem envolver também a cultura institucional, mudando a forma de pensar de empresários, dirigentes e toda a equipe. É dessa forma que se alcança a verdadeira conversão digital, possibilitando que seus benefícios se estendam, de fato, a toda a cadeia de públicos das empresas e agremiações, assim como a efetiva modernização dos processos para a obtenção de novas conquistas e de crescimento. Nos estabelecimentos de saúde, essa premissa também se faz necessária, desde a qualificação do atendimento aos pacientes até a gestão administrativa e do relacionamento entre os colaboradores.

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A essa grande transformação dá-se o nome de Índice de Maturidade Digital (IMD), termo utilizado para se referir ao nível de entendimento e integração das tecnologias no dia a dia de uma marca. No Brasil, uma das mais destacadas pesquisas realizadas nesse sentido é feita pela Isobar, filial de uma agência de publicidade e pesquisas sobre o uso de inteligência digital, que já atua em 45 países. No final de 2019, a agência publicou os resultados do primeiro IMD Brasil, envolvendo 284 empresas brasileiras dos setores de Varejo, Bens de Consumo, Saúde e Educação, com faturamento superior a R$ 1 bilhão. Os resultados são de grande importância e revelam quanto algumas das maiores marcas nacionais já avançaram e ainda podem avançar na nova economia, agregando conhecimento relevante para promover reflexões e mudanças.  

Na saúde, o IMD das principais empresas deixou claro o quanto ainda é preciso evoluir

A pesquisa avaliou 18 hospitais, 10 laboratórios e 10 planos de saúde – os maiores do país. Nenhuma organização de saúde brasileira foi considerada expert em maturidade digital, enquanto 11% foram consideradas maduras, 71% se enquadraram na modalidade básica e 18% receberam a posição de iniciantes. Os chamados “Top Five” da lista foram o Bradesco Seguro de Saúde, Dr. Consulta, Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital Sírio Libanês e a Unimed, que se destacam por utilizar mais os recursos das plataformas mobile (aplicativos) para fornecer serviços aos pacientes, porém, ainda exploram pouco – diante de tantas possibilidades – o Social (redes sociais) e Search (busca orgânica).

Além de apontar dados tão reveladores e interessantes, o levantamento finaliza seus resultados apresentando algumas dicas às organizações. A primeira delas é sobre o entendimento de que as empresas devem desenvolver inteligência para manter um diálogo mais produtivo e consistente com o consumidor nos diferentes canais de relacionamento que a era digital proporciona. Também se destaca a essencial integração entre as estratégias das dimensões Mobile, Social e Search, de forma que uma possa alavancar a outra e, assim, produzir resultados mais efetivos. Portanto, embora a maioria das empresas tenha iniciado e avançado na transformação digital, falta a elas ampliar a maturidade, a abrangência e a consistência de suas ações e estratégias para que sigam evoluindo até que se tornem modelos no mundo das conexões.

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