O ex-BBB Matteus Amaral falou em um evento sobre as acusações de ter entrado na universidade com cota racial. O vice-campeão do reality teria usado o recurso para ingressar no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Farroupilha (IFFar).
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— Não é fácil lidar com tudo isso que eu tô vivendo. Teve, agora por último, uns acontecimentos de… Coisas que as pessoas [fizeram] com maldade — disse o gaúcho.
A polêmica começou após um perfil no X (antigo Twitter) publicar um documento com a aprovação do gaúcho. O IFFar confirmou a informação ao colunista Gabriel Perline, da “Contigo!”, na sexta-feira (14), segundo o Metrópoles.
O vice-campeão do reality afirmou, nas redes sociais, que outra pessoa cometeu o erro ao realizar a inscrição.
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“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio”, disse ele.
O ex-BBB ainda afirmou que não teve a intenção de se beneficiar com o ingresso na universidade na reserva de vagas por políticas afirmativas. “Lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, afirmou no comunicado.
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Matteus se disse arrependido “por quaisquer transtornos causados” e afirmou ter “compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social”.
O que disse a universidade
O IFFar informou que “naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato”. “Não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato”, acrescentou a instituição.
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Conforme o IFFar, possíveis fraudes às políticas de ações afirmativas eram apuradas apenas se houvesse denúncia formal na Ouvidoria da instituição.
“Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época”, sustentou.
Em 2014, o curso de Engenharia Agrícola era ofertado pelo IFFar em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Com isso, as vagas disponíveis eram divididas entre as duas instituições federais.
“Conforme é possível verificar no suposto documento, ele teria sido emitido à época pelo IFFar e não pela Unipampa. Dessa forma, apenas o IFFar poderia dar essa resposta”, alegou a assessoria de comunicação da Unipampa.
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O curso deixou de ser ofertado pelo IFFar em 2021. No ano seguinte, Matteus ingressou na Unipampa em processo seletivo no qual participou via ampla concorrência, ou seja, sem acesso por reserva de vagas.
“A Unipampa reforça seu compromisso com a reserva de vagas, conforme estabelecido pela Lei nº 12.711/2012, alterada pela Lei nº 14.723/23, e por normas internas da Universidade, visando a democratização de acesso e das ações afirmativas que visam assegurar a equidade social”, afirmou a instituição.
Durante o BBB, Matteus contou aos colegas de confinamento que abandonou os estudos para cuidar da avó, que estava doente na época. Ele trancou a matrícula no 5º semestre.
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