Os insucessos do Joinville nos últimos anos afastaram o torcedor da Arena. No entanto, as mudanças recentes (no departamento de futebol e na direção do clube) dão a torcedor a esperança de que o JEC possa voltar a viver grandes momentos a partir deste mês. Neste domingo, começa a Série C do Campeonato Brasileiro. O Tricolor enfrenta o Ypiranga-RS, às 16 horas, na Arena, e o técnico Matheus Costa esteve na Rádio Globo Joinville para falar sobre esta nova fase do clube.
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Em entrevista ao programa “Café das Seis”, ele falou da preparação do time para a competição, os obstáculos que terá no Brasileiro e pediu um voto de confiança ao torcedor nesta tentativa de resgatar a autoestima da cidade. Confira como foi a entrevista.
O que muda no JEC do Catarinense para a Série C?
Matheus Costa – O projeto que me foi apresentado era de formarmos um elenco competitivo, que faça o grande objetivo do ano acontecer (subir para a Série B). Acho que nestes cinco jogos do Catarinense, nós conseguimos observar todo o elenco. Optamos pela não renovação de alguns atletas e trouxemos outros em quem a gente vê potencial. Alguns deles com histórico muito vencedor, que até recentemente ganharam títulos estaduais. Outros vieram por se destacar neste primeiro semestre. Acredito que estamos no caminho para que isso (o acesso) aconteça.
Com as recentes contratações, o JEC passa a ser favorito na Série C?
Matheus – Sempre falei que acreditava no projeto. No primeiro momento, não era possível divulgar, mas desde a minha vinda, conversando com o comitê de futebol, eu já esperava um grande projeto. O objetivo é que esses grandes atletas formem uma equipe vencedora. Ontem (quinta), estes atletas fizeram apenas o primeiro treino, então nós vamos formar a equipe durante a competição. Mas, sem dúvida, respeitando todos os adversários, é uma grande equipe que está sendo formada.
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Quais as dificuldades que você imagina que o JEC terá na competição?
Matheus – É uma competição de curto prazo, são 18 partidas, diferente das séries A e B. Pela estimativa dos últimos anos, precisamos de aproximadamente oito vitórias. Vamos buscar essas oito vitórias o quanto antes para passarmos ao segundo objetivo, que é estar entre os dois primeiros colocados para decidir o primeiro mata-mata em casa.
Quais são os principais adversários do JEC na Série C?
Matheus – Sempre parto do princípio que no começo da competição está todo mundo igual. É no decorrer do campeonato que a gente começa a analisar as equipes que vão brigar na parte de cima ou na parte debaixo da tabela. Óbvio que algumas equipes, com maior investimento, como é o caso dos paulistas, largam na frente, mas é uma competição que temos de respeitar todos os adversários. Acredito que quando a competição começa igual, independentemente do investimento, está tudo em aberto. No ano passado, com o Paraná, nós éramos a 16ª folha salarial da Série B e acabamos conquistando o acesso. Por isso que, independentemente dos nossos investimentos, temos muita responsabilidade e vamos trabalhar sério para alcançarmos nossos objetivos e mostrarmos que somos uma força nesta Série C.
O JEC joga a Série C para se manter na competição ou para subir a Série B?
Matheus – Para buscar o acesso para a Série B. Desde o momento em que eu cheguei aqui, estamos focados pensando neste grande objetivo e vamos buscar desde o início este acesso.
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O Ypiranga, primeiro adversário do JEC, está jogando a Série B do Gauchão. Isso ajuda o JEC, pelo desgaste do rival, ou pode ser perigoso pelo ritmo de jogo deles?
Matheus – Nesse início de competição, acho que esta situação ajuda eles. Durante a competição para o final, talvez haja um desgaste se não tiver um elenco grande à disposição. Mas, independentemente da situação deles, sabemos da importância que é começar bem, com o pé direito, conquistar uma vitória e mostrar nossa força dentro de casa.
O preparo físico foi um problema para o Joinville no Estadual. Como está esta situação?
Matheus – Foi feito um trabalho com relação a isso. Introduzimos novamente o trabalho da academia, de força e de potência. Também fizemos junto com o departamento de nutrição a reintrodução dos suplementos alimentares. Acredito que não tenhamos mais problemas agora. Os atletas estão aptos e preparados para atuar durante os 90 minutos.
A Série C é mais difícil em razão da imprevisibilidade do mata-mata que define o acesso?
Matheus – Essa competição é dividida em dois momentos. No primeiro, a fase de classificação com 18 rodadas e, depois, o segundo, com o primeiro mata-mata. É um jogo decisivo e você precisa estar num dia bom. A gente sabe que buscamos uma regularidade durante a competição para ter uma boa campanha, mas o mata-mata decisivo exige você estar num dia bom.
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Como resgatar a confiança do torcedor?
Matheus – Eu entendo perfeitamente o torcedor. Ele quer ter prazer de ir ao estádio, quer se sentir feliz e esperar um bom jogo. Nosso histórico recente não é de grandes resultados e isso vai diminuindo a expectativa e a presença do torcedor. A gente pede esse voto de confiança porque sabemos da importância que é ver a Arena com a casa lotada. O torcedor apoiando pode ser um diferencial para que a gente conquiste o acesso. Estamos trabalhando muito e a gente espera realmente alegrar novamente este torcedor e resgatar a autoestima da cidade.