O Procon de Florianópolis divulgou nesta terça-feira, 16 de janeiro, uma pesquisa de preço com os principais itens do material escolar. O resultado apontou uma variação de preço que chega a 1.000% entre itens semelhantes mas de marcas diferentes. Por isso, a dica do órgão de defesa do consumidor é gastar a sola do sapato e pesquisar.
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Uma borracha ou um caderno de 10 matérias pode fazer toda a diferença no orçamento na hora de comprar o material escolar. O diretor do Procon, Fábio Gongora, explica que o mesmo produto, da mesma marca tem uma variação de 100% dependendo do estabelecimento.
— Este ano encontramos uma variação maior. No ano passado a variação de produtos da mesma marca em diferentes estabelecimentos chegava a 70%. Por isso, é importante o consumidor ficar de olho e pesquisar.
Já o mesmo item, porém de marcas diferentes pode variar mais de 1.000%. É o caso de um conjunto de canetas hidrográficas com 12 unidades. Segundo a pesquisa, as canetas podem ser encontradas por R$ 2,50 ou até R$ 39,99.
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— Por isso, tem que ficar atento para escolher um produto de marca mais barata e que tem a mesma função e qualidade — indica Gongora.
Sobre a diferença de preços, o diretor do Procon informa que os estabelecimentos são livres para colocar o valor que desejar. No entanto, não pode haver um aumento injustificável dos preços, principalmente nesta época do ano.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 16 de janeiro em cinco estabelecimentos de Florianópolis, como papelarias, livrarias e lojas que vendem artigos escolares.
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Confira a lista dos principais produtos pesquisados:
– Tubo de cola branca 40g: de R$ 0,78 a R$ 4
– Fita crepe: de R$ 3,99 a R$ 7,50
– Fita Durex transparente: de R$ 1,50 a R$ 3,99
-Apontador: de R$ 0,20 a R$ 10,60 (mais simples e com depósito)
– Borracha: de R$ 0,40 a R$ 4,20
– Caderno universitário 10 matérias (100 folhas): de R$ 4,80 a R$ 22,30
– Caderno universitário 10 matérias (200 folhas): de R$ 8,50 a R$ 45
– Caneta hidrográfica fina 12unid.: de R$ 2,50 a R$ 39,99
– Lápis de cor 12 unidades: de R$ 2,89 a R$ 22,90
De olho na lista abusiva
Nem tudo pode ser exigido na lista de material. Segundo Fábio Gongora, as escolas não podem solicitar produtos de uso coletivo, como os de higiene, limpeza, grandes quantidades de papel e grampos. A instituição também não pode exigir marcas ou indicar locais de compra, muito menos que os produtos sejam adquiridos no próprio estabelecimento de ensino, exceto para artigos que não são vendidos no comércio, como apostilas.
Confira mais dicas do Procon e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):
– Antes de ir à papelaria, verifique se os itens usados no ano passado estão em bom estado e podem ser reutilizados. Estojo, régua, tesoura e dicionário, por exemplo, normalmente duram bastante;
– Para economizar um pouco mais, a dica é reunir um grupo para ir às compras. O atacado é mais vantajoso e, na maioria das vezes, é mais fácil de conseguir descontos;
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– Se a ideia é não gastar muito, tente não comprar produtos que tenham característica de brinquedos ou a figura de personagens infantis. Esses itens são mais caros;
– É importante comparar o preço de marcas e lojas diferentes antes de fechar a compra. Os livros didáticos, por exemplo, costumam ser os itens que mais pesam no bolso. Comprá-los diretamente da editora ou adquiri-los de sebos podem ser opções para não gastar tanto.