Um massoterapeuta de Blumenau está sendo investigado por ter cometido abuso sexual contra clientes. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na tarde desta segunda-feira (14) no bairro Fidélis, mas o homem continua exercendo a profissão. Para a Polícia Civil, pode haver mais vítimas pela região e a orientação é que elas procurem a delegacia.

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O mandado foi cumprido na casa do suspeito, mesmo local onde ele atende as clientes, no bairro Fidélis. Apesar disso, conforme o delegado Felipe Orsi, não foram encontradas as provas esperadas. Havia a suspeita de que o massoterapeuta filmava os procedimentos.

Ao menos três mulheres procuraram a Delegacia de Polícia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) para denunciar o profissional. A primeira já havia gerado um inquérito, que estava em andamento em outro município da região. Em janeiro, outras duas clientes do suspeito, que não se conheciam, também procuraram ajuda. Foi aberto então outro procedimento para apurar os relatos.

Conforme as denunciantes já ouvidas, o homem usava pretextos terapêuticos para violentar as clientes com toques nas partes íntimas. Com a porta trancada, ele dizia encontrar nódulos nesses pontos do corpo das mulheres para justificar os atos.

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— Em tese, ele vai responder por violência sexual mediante fraude — explica Orsi.

O investigador pedirá à Justiça, como medida cautelar, que o massoterapeuta seja proibido de exercer a profissão. Por enquanto, ele trabalha livremente. Em depoimento, ainda de acordo com o delegado, o homem negou os abusos. 

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Mais vítimas

Para Orsi, pode haver outras vítimas, e, por isso, a orientação é que elas procurem a DPCAMI para relatar o ocorrido. A instituição fica na Rua Dr. Sappelt, quase esquina com a Rua Paraíba, no bairro Victor Konder.

— A gente sabe que muitas vítimas têm vergonha de denunciar. Mesmo essas mulheres que procuraram a polícia disseram que pensaram muito antes de vir à delegacia, então certamente tem várias pessoas que sofreram abuso nesse local, uma casa de madeira em um lugar bem afastado no bairro Fidélis, onde ele mora sozinho — diz o delegado.

O inquérito deve ser finalizado ainda nesta semana, mas nada impede que outros sejam abertos conforme a chegada de novos relatos.

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